Em 13/09/2013 às 16h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Apesar do inverno Cataguases já registra casos de dengue

O biólogo Elcio Ferreira e o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, Alencar Norte Júnior,pedem à população que se mobilize e faça uso das práticas de prevenção à dengue, para evitar uma epidem

O biólogo Elcio Ferreira e o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias, Alencar Norte Júnior,pedem à população que se mobilize e faça uso das práticas de prevenção à dengue, para evitar uma epidem

Download
O inverno ainda nem terminou e Cataguases já registrou dois casos suspeitos de dengue, um no bairro Taquara Preta e outro no Beira Rio. Conforme informou o coordenador do Núcleo de Controle de Endemias,da Secretaria Municipal de Saúde, Alencar Francisco Norte Júnior,em ambos, o setor já realizou o bloqueio da transmissão, que consiste na utilização de inseticida num raio de cem metros das residências onde foram detectados. "O bloqueio é preventivo, pois ainda não há a confirmação sorológica, mas numa inspeção feita pelos agentes de saúde, foi encontrada na região a larva do mosquito transmissor da dengue, o aedesaegypt", explicou.

Alencar e o biólogo e educador em saúdo daquele setor, Elcio Amaral Ferreira, explicaram que o surgimento dos casos suspeitos é em função das chuvas que começam a cair e do desleixo da comunidade. "Os cuidados para se combater os criadouros do mosquito transmissor devem ser adotados o ano todo. Para se ter uma ideia, as larvas do mosquito que encontramos nas proximidades das casas das pessoas com suspeita da doença estavam na caixa d’água e em um tambor. É bom lembrar que o ciclo do mosquito dura de sete a dez dias e se fizer uma limpeza semanalno quintal, por exemplo, o morador já evita que a larva se desenvolva", explicou Elcio.

O que preocupa o Núcleo de Controle de Endemias, no entanto, é a introdução no município do vírus dengue tipo 4. "Desde 1982 este vírus não era detectado no Brasil. Em 2010 ele surgiu na região norte e já chegou à nossa cidade. O grande problema é que a população não tem imunidade a este vírus, o que pode provocar um surto da doença nos próximos meses", explica Alencar Norte, informando que, para isso, o Núcleo de Controle de Endemias vem trabalhando duro, visitando residências, dando palestras em escolas, e mobilizando a comunidade, a fim de criar multiplicadores das práticas de prevenção à doença – única forma de evitá-la. 

"É bom lembrar que a dengue não tem remédio específico para o seu tratamento. É uma doença que pode se agravar e evoluir para um quadro hemorrágico, caso o paciente tenha alguma debilidade ou doença pré-existente. O tratamento da dengue consiste na ingestão de líquido e repouso", lembrou Alencar, acrescentando que em casos suspeitos o paciente deve iniciar a ingestão imediata de líquidos e procurar o Posto de Saúde mais próximo e sempre solicitar ao médico que notifique a suspeita, pois este é um dado importante para o setor começar a agir com maior intensidade.

Em 2013, Cataguases registrou 1.503 casos de suspeita de dengue, dos quais 1.279 foram confirmados, após o exame de sorologia, e um óbito, por complicações da doença. Segundo o coordenador Alencar Norte Júnior, esse número já foi resultado da chegada do vírus dengue tipo 4 em Cataguases, pois, segundo ele, até então, a cidade só havia registrado os tipos 1 e 2.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Autor: Cristina Quirino

Tags: dengue - cataguases - registro de casos





Todos os direitos reservados a Marcelo Lopes - www.marcelolopes.jor.br
Proibida cópia de conteúdo e imagens sem prévia autorização!
  • Faça Parte!

desenvolvido por: