Da esquerda para a direita: Joacir, Alexandre, Sousa e Joseph
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O Secretário Municipal de Saúde de Cataguases, Alexandre Castelar de Lacerda, participou nesta segunda-feira, 19, do programa "Conversa Franca", na Rádio Brilho, que é comandado por Sousa Mendonça e contou com a participação do jornalista Marcelo Lopes, editor deste site. Os temas que estão sendo amplamente comentados pela população como a redução da carga horária dos médicos, a questão da Cooperativa que presta serviço no Pronto Socorro, a auditoria que está sendo feita naquela secretaria, situação financeira da saúde e as novidades sobre o novo Pronto Socorro que será construído, entre outros foram tratados abertamente pelo Secretário.
Sobre a carga horária de trabalho dos médicos, Alexandre contou que muitos médicos se afastaram da Secretaria por causa do inquérito que o Ministério Público vem movendo que visa apurar se os profissionais estão trabalhando dentro do horário estbelecido. Ele disse que para reverter esta situação está na Câmara Municipal para ser votado na sessão desta terça-feira, 20, um projeto de lei que vai reduzir para 6 horas semanais a carga horária do médico que trabalha na Policlínica. "Na verdade estamos adequando o que o médico já faz. Um exemplo simples: o médico que vai duas vezes por semana na Policlínica e atende a vinte, vinte e cinco fichas por dia (...) daria as três horas num dia e as três horas no outro". E completou: "Nós não podemos perder estes médicos que nós temos em Cataguases e que fazem este trabalho tão bom no SUS".
Com relação à cooperativa que presta serviços médicos na Policlínica e no Pronto Socorro, Alexandre revelou ter assinado um TAC - Termo de Ajustamento de Conduta - com o Ministério Público que vai encerrar o contrato com zquela entidade em 31 de dezembro próximo e já "a partir de deste mês de agosto não posso fazer novas contratações pela cooperativa e o pagamento dos médicos e da folha salarial da cooperativa da Policlínica não pode ser maior do que a do concurso. Ou seja: tem médico que ganha no concurso mil e cem, mil e duzentos reais (...) e a partir de setembro estes médicos da Cooperativa terão que ter seus salários adequados à este valor do concurso. Pode ser que muitos médicos de fora que atuam em nosso município não queiram continuar porque seus salários serão reduzidos. Então é mais uma desassistência, mais um problema para a gente resolver", completou o Secretário de Saúde.
Alexandre também acabou com os boatos de que ele e o presidente da Câmara Municipal de Cataguases, vereador Fernando Pacheco, teriam discutido. O Secretário foi taxativo ao dizer que nunca houve desavença entre ele e Fernando Pacheco acrescentando que ao assumir a Pasta o convidou para ser "meu braço direito na Secretaria". Segundo ainda Alexandre, o cargo de Presidente do Legislativo Municipal que impediu Fernando a continuar na Secretaria. Alexandre revelou, inclusive, que por ocasião da eleição da Mesa Diretora da Câmara, ele se empenhou pessoalmente para que Fernando fosse eleito. O Secretário de Saúde também explicou a saída do coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde, Wallace George do setor. Ele disse que sua saída foi a pedido do próprio Wallace que está fazendo um curso de pós-graduação e, portanto, retorna a trabalhar na Regional de Saúde em Leopoldina, explicou Alexandre.
Outro assunto abordado sugriu na última semana dando conta que a Secretaria Municipal de Saúde estaria com um déficit de R$900 mil em suas contas. Alexandre negou este fato revelando que a Secretaria deve apenas R$143 mil referente ao mês de julho que será pago em setembro. "Na verdade a Nota é feita em julho, você empenha em agosto e paga em setembro", explicou o Secretário o procedimento de rotina para estes pagamentos. Ele ainda revelou ter repassado mais R$21 mil reais "extras" ao Hospital para "fechar a conta este mês".
Com relação a auditoria Alexandre revelou ter pedido ao prefeito sua instalação "porque nós temos um Fundo de Participação dos Municípios caindo, o dinheiro cada vez mais curto chegando na saúde e a gente tem que gastar com responsabilidade, a gente tem que tentar enxugar possíveis torneiras que possam estar abertas e a gente consiga economizar um pouco mais para poder pagar os fornecedores que a gente tem no dia a dia. Na verdade eu não desconfio de nada. Muito pelo contrário, eu quero adequar a situação ao que manda a lei", explicou o Secretário de Saúde. Ele encerrou o assunto dizendo que "se alguém tiver alguma denúncia a fazer, fale agora ou, cale-se para sempre, como diz o padre", finalizou Alexandre. A Auditoria deve estar concluída em 90 dias.
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