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A Irmandade Muçulmana afirmou que ao menos 31 pessoas foram mortas neste sábado, quando forças de segurança abriram fogo contra um protesto de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi no Cairo.
"Eles não estão atirando para ferir, estão atirando para matar", afirmou o porta-voz da Irmandade Muçulmana Gehad El-Haddad. "Os ferimentos de balas foram na cabeça e no peito".
A violência emergiu em meio a uma vigília de partidários de Mursi, que foi deposto mais cedo neste mês por militares egípcios após protestos contra seu primeiro ano no poder.
O canal televisivo egípcio Al Jazeera mostrou médicos tentando reviver vítimas que chegavam a um hospital temporário estabelecido pela Irmandade em Rabaa al-Adawiya, uma mesquita no nordeste do Cairo.
El-Haddad disse que a polícia começou a atirar repetidamente gás lacrimogêneo nos manifestantes em uma estrada perto da mesquita.
O derramamento de sangue ocorreu um dia depois de partidários e oponentes de Mursi organizarem manifestações em massa pelo Egito, trazendo centenas de milhares de pessoas para as ruas e estabelecendo profundas divisões no país mais populoso do mundo árabe.
Mais de 200 pessoas morreram em meio à violência desde a derrubada de Mursi, a maioria partidários da Irmandade.
As forças de segurança não se pronunciaram imediatamente sobre o que consideravam ter ocorrido mais cedo em Rabaa.
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