À frente dos restaurantes capitaneados pelo SENAC está o experiente professor do SENAC Juiz de Fora e chefe de cozinha, Ary Fortes. "Conheci este Festival ano passado, e agora não resisti ao convite de Maria Lúcia Braga (coordenadora do evento) para participar dele. Estou muito feliz por isso", disse o simpático professor que fez uma pausa no trabalho para atender à reportagem do Site do Marcelo Lopes. Ary fez questão de mostrar todo o trabalho e ressaltar que tudo ali é feito por seus alunos. "É um trabalho de equipe e aqui eu apenas oriento", conta.

Além dos dois restaurantes, Ary Fortes ministra durante o dia, oficinas de Gastronomia para trinta pessoas. "Está sendo um sucesso. Hoje (quinta-feira), por exemplo, compareceram quarenta e duas pessoas", revelou. E com relação à culinária praticada nos restaurantes sob sua responsabilidade neste Festival, ele diz que "estamos tentando trazer o requinte e a sutileza da França com os ingredientes da nossa região". Ary explica, em seguida, os pratos oferecidos no cardápio. "Aqui, no Manga Rosa, estamos trabalhando com um menu degustação que é composto de uma entrada, muito singela; um creme, um prato à base de carne branca, um de carne vermelha e uma sobremesa".

Ele também falou sobre o cardápio do outro restaurante a cargo do SENAC, o "Sal e Ervas". "Escolhemos um cardápio, digamos, mineiro e estamos servindo Escalopinho ao molho cebola (arroz com alho dourado, batata rústica com sal e ervas e filé) e Costelinha Suína com molho de rapadura (mix de legumes da estação com ervas, angu cremoso e arroz da região e costelinha de porco)". A preparação dos pratos envolve quarenta profissionais divididos nos dois restaurantes. "São alunos e ex-alunos que estão aqui fazendo o melhor para o público deste Festival", exalta o professor que revela sua "ótima" expectativa para estes dias de evento. "A gente não esperava esta chuva e nem um frio tão intenso, mas a gente trabalha com a premissa de que tudo aconteça bem, que tudo está bom e está à contento", completou Ary.

Shows – A programação artística de Festival nesta quinta-feira, 25, atraiu um grande público. O primeiro a se apresentar foi o músico Fabrício Conde, mineiro de Juiz de Fora, compositor e professor de viola caipira. Ele já gravou três CDs e um DVD autoral e seu trabalho, que alia sensibilidade e virtuosismo, já foi apresentado em várias cidades do Brasil e do exterior.

Na sequência, Mariangela Zan, filha do grande acordeonista e compositor Mario Zan, fez um animado show. Ela Começou a cantar aos 13 anos de idade, fazendo backing-vocal nos shows e bailes de seu pai, por todo o Brasil. Aos 15 anos, assumiu oficialmente o vocal da banda, interpretando canções de autoria de Mário Zan e de outros compositores. No show  mesclou as músicas que agradam gerações por onde passa e sucessos de seu pai, como a bela "Chalana", de autoria de Mario Zan e Arlindo Pinto, popularizada na voz de Almir Satter. 

Outra opção de boa música nestes dois primeiros dias de festival foi a Cachaçaria Gerais de Minas. Lá, a talentosa dupla Mito Cotidiano, formada pelo casal cataguasense Mateus Rodrigues e Carol Ferraz apresentaram-se na quarta e quinta-feira e retornam no domingo, na hora do almoço, para encerrar as festividades. O show desta quinta-feira, recebeu o carinho do público que pediu bis várias vezes. A talentosa dupla Mito Cotidiano vem se firmando no cenário da música brasileira mostrando composições próprias e interpretações bem cuidadas de canções consagradas. Recentemente a dupla teve uma música escolhida pelo voto popular para gravar um videoclipe através do projeto Chamada Criativa da Fábrica do Futuro. (Fotos: Lílian Donofre)