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Seis pessoas foram mortas no Cairo nesta terça-feira em confrontos entre opositores e partidários do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi, informou a mídia estatal.
A violência começou antes do amanhecer perto de um protesto da Irmandade Muçulmana na Universidade do Cairo, onde partidários do presidente deposto estão acampados desde que o Exército depôs o político islâmico em 3 de julho, após protestos contra o governo.
A Irmandade Muçulmana, grupo de Mursi, descreveu o incidente como um ataque a manifestantes pacíficos. Fontes policiais disseram que centenas de partidários de Mursi entraram em confronto com moradores locais, vendedores ambulantes e outras pessoas perto do acampamento.
Tiros foram disparados e pedras foram lançadas, acrescentaram as fontes.
O jornal estatal Al-Ahram citou um oficial do Ministério da Saúde dizendo que seis pessoas foram mortas e outras 33 ficaram feridas, aumentando para nove o número de pessoas mortas em consequência da violência política nos últimos dois dias.
Cerca de 100 pessoas já morreram em confrontos desde que o Exército depôs Mursi e o substituiu com uma administração interina liderada por Adli Mansour, presidente do tribunal constitucional. A Irmandade Muçulmana acusa o Exército de orquestrar um golpe.
A Irmandade disse em seu site que sete "mártires" haviam sido mortos durante a noite em dois ataques separados contra partidários de Mursi, um na Universidade do Cairo e outro em uma passeata perto de um acampamento maior, no norte da cidade.
A Irmandade diz que vai manter os acampamentos até que Mursi, que está detido pelo Exército em um local desconhecido desde sua deposição, seja reempossado.
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