O prefeito Cesinha Samor prestigiou o Seminário
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A Casa de Maria sediou neste sábado e domingo, 20 e 21 de julho o "Seminário Estadual Mulheres Negras de Minas Gerais, que reuniu representantes de diversas cidades mineiras. O evento é preparatório para a III Conferência Estadual e Nacional de Promoção da Igualdade Racial que acontecem, respectivamente em agosto e novembro próximos. O Seminário contou com a presença do prefeito Cesinha Samor, do Secretário Municipal de Assistência Social de Cataguases, Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno, e teve como convidada especial, Dalila Negreiros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.
O Seminário discutiu a realidade da mulher negra no Brasil e selecionou uma série de propostas que serão levadas à Conferência Estadual que acontecerá em agosto, em Belo Horizonte. As sugestões são abrangentes e vão desde o comprometimento do governo estadual com a implementação de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades de gênero, classe, raça/etnia e orientação sexual, passando pelas questões de trabalho e desemprego, enfrentamento da pobreza, saúde, educação e violência. Vanderlei Pequeno destacou o encontro como um passo a mais no "aperfeiçoamento da democracia no Brasil". Ele disse ainda que a questão da mulher negra no país é "mais grave do que muitos imaginam porque o preconceito ainda está muito presente entre nós".
Dalila Negreiros, em entrevista exclusiva ao Site do Marcelo Lopes, compartilha a opinião do Secretário Municipal de Assistência Social. Para ela "não há democracia se não existir igualdade entre as pessoas. E no Brasil, para que possamos dizer que vivemos em uma democracia plena, é preciso, antes, resolver esta questão do preconceito e do machismo presentes na nossa realidade", comentou. De acordo com ela neste seminário a "principal questão foi tentar garantir que existam políticas públicas para as mulheres negras (...). Este público, continua ela, tem especificidades, pois são mulheres que geralmente trablaham muito, cuidam de suas famílias, têm dificuldade para ter acesso à profissões elevadas no mercado de trabalho e acesso à Educação Superior, por isso precisa ser contemplado com estas políticas", salientou.
Questionada sobre as maiores dificuldades enfrentadas pela mulher negra no Brasil, Dalila é sincera: "Tudo. As dificuldades são as relacionadas ao racismo e ao machismo, que não enxerga esta mulher como sujeito de direitos, uma cidadã e a própria participação política", conta. Estes temas, ainda segundo ela, são comuns em todo o país, "com pequenas diferenças regionais", revelou. Dalila explica que o Governo Federal já tem uma política de igualdade racial que é atualizada a cada quatro anos. "É para isso que a Conferência será realizada, quando faremos uma avaliação do programa e sua adequação às novas propostas", finalizou.
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