Sargento Jorge Roberto detalha o programa aos moradores
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Dezenas de moradores do bairro Taquara Preta e de outras comunidades do entorno reuniram-se com policiais da 146ª Companhia de Polícia Militar Especial, nesta sexta-feira, 19, na Igreja São Cristóvão, para dar início ao programa "Rede de Vizinhos Protegidos". Estiveram presentes o comandante daquela corporação, Major Antônio Carlos de Freitas, o Sargento Jorge Roberto Silva Alves e o cabo Ronaldo dos Santos, além de diversas pessoas da comunidade. Em Cataguases, o projeto-piloto da Rede teve início em 19 de junho e o primeiro bairro a implantá-lo foi o Bandeirantes.
O Major Antônio Carlos iniciou o encontro situando o trabalho da Polícia Militar em Cataguases e revelando alguns dados estatísticos que traduziram um índice de criminalidade relativamente baixo na cidade se comparado com outras da região. "Mesmo assim, é preciso reduzir ainda mais esses números em Cataguases e a Rede de Vizinhos Protegidos contribuirá exatamente nesse sentido", destacou o comandante, aproveitando para falar sobre outros projetos que a Polícia Militar vem implantando para melhor atender a população, como o Grupo Especializado em Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida – GEPMOR.
Segundo o comandante, a motivação para a prática dos delitos na maioria das vezes é proveniente do uso de drogas e da falta de medidas de proteção domiciliar. "Um crime acontece devido ao desejo do criminoso de realizá-lo, à ausência da polícia no momento e à oportunidade dada pela vítima", lembrou o major, revelando que "o foco da Rede é exatamente em cima desse último fator e a proposta é fazer com que as famílias envolvidas no programa criem um sistema de vigilância mútua, dificultando a ação criminosa".
Após o pronunciamento do comandante, o coordenador do programa sargento Jorge Roberto, explicou minuciosamente o funcionamento da Rede Vizinhos Protegidos. Conforme lembrou, "a segurança pública é dever do estado, mas responsabilidade de todos e por isso a população é fundamental para o êxito do trabalho da Polícia Militar. A Rede deve ser uma ação da comunidade com o apoio da Polícia", completou o sargento.
Ainda sobre o programa, o coordenador disse que "a vizinhança deve se agrupar em laços de cinco residências, duas de um lado e três de outro, de modo que os vizinhos funcionem como ‘câmeras vivas’, monitorando o espaço que compreende o laço que, interligado com os outros, formará a Rede". Jorge Roberto também frisou que "é necessário que todos os membros das famílias participantes conheçam o projeto, para que, caso observem alguma pessoa, veículo ou atividade suspeita nos arredores das residências, possam se comunicar e acionar a PM que fará a averiguação no local".
Ao final da reunião, um formulário foi distribuído aos participantes para que os interessados em formar a Rede de Proteção pudessem informar nome, endereço e telefone. O coordenador do programa se comprometeu a visitar todos os que se propuseram a participar, para que um próximo encontro seja organizado. O vereador Vinícius Machado Costa de Oliveira, morador do Bairro Taquara Preta, esteve presente à reunião e parabenizou a iniciativa da Polícia Militar, assim como Márcia Spindola, que reside no bairro há mais de dez anos. Ela disse que "certamente essa rede vai trazer mais segurança à população e por outro lado também servirá para aproximar mais os vizinhos e a polícia". (Fotos: Paulo Victor Rocha)
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