Em 04/07/2013 às 16h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Energisa pode confirmar nesta sexta-feira, 5, sua proposta de aquisição do Grupo Rede Energia

Negociação, que virou "novela", pode ter desfecho favorável à empresa cataguasense

Energisa pode ser a nova proprietária do Grupo Rede

Energisa pode ser a nova proprietária do Grupo Rede

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A Energisa, que está negociando a compra do Grupo Rede Energia, um dos maiores conglomerados privados de energia elétrica do país, deu, nesta quarta-feira, 3, mais um passo neste sentido ao apresentar as condições de sua proposta para aquisição e reestruturação econômica daquela empresa. O Grupo Rede enfrenta um processo de recuperação judicial cujo prazo termina no próximo dia 15 e as suas distribuidoras de energia que estão sob intervenção da Aneel têm que ser assumidas por um novo controlador ate 30 de agosto, data do término da intervenção nas companhias, quando a concessão das empresas poderá caducar. 

O Grupo Rede Energia controla nove distribuidoras de energia espalhadas por sete estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins) atendendo a 578 municípios, totalizando 4 milhões 921 mil consumidores. Tem mais de 13 mil empregados difretos e indiretos e sstão sob o seu comando as distribuidoras Caiuá, Cemat, Celtins, Enersul, Nacional, Bragantina, Vale Paranapanema, Força e Luz do Oeste. A informação consta no site da própria Rede que começou suas atividades em 1903.

Segundo revelou a Goldman Sachs, consultoria que assessora a Energisa neste negócio, a proposta apresentada aos credores na noite desta quarta-feira está estimada em R$ 1,95 bilhão, dos quais R$ 850 milhões a serem destinados aos credores com garantia real e R$ 1,1 bilhão aos credores quirografários (sem garantia real). Esse valor não inclui o montante previsto no Plano Aneel, estimado pela Energisa em um valor adicional de R$ 1,1 bilhão. A cada grupo de credores foram apresentadas três alternativas. 

A solução sobre a compra pela Energisa do Grupo Rede deverá sair nesta sexta-feira, 5, já que na última quarta, credores e o atual controlador do Grupo não chegarem a um acordo em assembleia. Credores defendem que o plano apresentado pela Energisa seja apreciado, enquanto o controlador atual do grupo afirmou não ter confiança nessa proposta quanto à origem de recursos para investimentos.

imageDois fatores jogam a favor da Energisa neste negócio, a Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que correm o risco de perderem todo o investimento feito até agora no Grupo Rede, caso a Aneel decrete a falência das distribuidoras. Contra a Energisa está o atual controlador da Rede, o empresário Jorge Queiroz Moraes Junior, que prefere a proposta do consórcio formado por CPFL e Equatorial.

O FI-FGTS - Fundo de Investimento formado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e administrado pela Caixa - tem 25% da Rede Energia por meio de uma participação em uma das empresas controladoras. Outro sócio é o BNDES, com 16%, mas só a Caixa tem poder de veto na assembleia. 

Caso a proposta da Energisa, considerada pela Caixa a melhor, não seja aprovada pelos credores na Assembleia de amanhã, sexta-feira, 5, só restará à Caixa ir à justiça contra o controlador do Grupo Rede para tentar recuperar o prejuízo. (Com informações de Folha de S. Paulo, Agência Reuters, O Estado de São Paulo e Grupo Rede)
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Tags: Energisa, Grupo Rede, aquisição





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