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O presidente norte-americano, Barack Obama, busca construir uma nova parceria econômica com a África ao visitar a Tanzânia nesta segunda-feira, a última escala de sua viagem ao continente, onde os Estados Unidos enfrentam a concorrência da China.
A viagem de Obama a Dar es Salaam ocorre três meses após a visita do presidente chinês, Xi Jinping, que veio logo após assumir o cargo. Muitos africanos veem a visita de Obama a três países africanos como uma tentativa de se igualar.
O presidente dos Estados Unidos, cuja chegada foi marcada por uma salva de 21 tiros, vai se encontrar com seu antecessor, George W. Bush, que também está visitando o país. Eles participarão de uma cerimônia na terça-feira para colocar uma coroa de flores em homenagem àqueles mortos no bombardeio da embaixada dos EUA em 1998 na Tanzânia.
A China construiu estradas, aeroportos e outras obras de infraestrutura na África, mas teve que se defender de algumas críticas de que estava explorando a riqueza mineral do continente para alimentar a sua gigante base industrial. A Tanzânia está em negociações com a China sobre planos para um novo porto.
Obama disse na África do Sul, a segunda parada de uma viagem que começou no Senegal, que seu país não foi ameaçado pelo papel da China, mas disse aos africanos para se certificarem de que todos os investidores estejam retribuindo à África, além de consumirem suas matérias-primas.
Aparentemente tentando recuperar o terreno, Washington planeja uma iniciativa de 7 bilhões de dólares para ajudar a amenizar a falta de energia elétrica no continente. Na terça-feira, Obama visitará uma usina independente na Tanzânia gerida desde 2011 pela norte-americana Symbion.
A Casa Branca disse que Obama lançará nesta segunda-feira um projeto na Tanzânia chamado Comércio na África, inicialmente com foco em um bloco comercial do leste africano que tem uma população total de 130 milhões de pessoas. O projeto poderá ser ampliado, acrescentou o comunicado.
Embora em rápido crescimento, economistas dizem que a economia da Tanzânia poderá expandir mais rápido com energia confiável e mais comércio interno. As empresas na Tanzânia se queixam frequentemente das despesas para manter geradores de energia reserva e outros custos relacionados.
Muitos quenianos ficaram chateados com o fato de Obama ter escolhido a Tanzânia e não o Quênia, a maior economia da África Oriental, para a sua terceira escala.
Explicando sua decisão, Obama disse que não era o "momento ideal" para viajar a Nairóbi, quando o novo governo queniano estava lidando com casos no Tribunal Penal Internacional de Haia. Ele também disse que poderia visitar o país mais para frente.
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