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A Google anda com um "instinto assassino" ultimamente. Depois de adquirir e matar serviços como o Picnik e Meebo e anunciar o fim do serviço de "portal personalizado" iGoogle, a empresa de Mountain View anunciou no início de março uma nova lista de vítimas, entre eles um de seus serviços mais conhecidos e com uma fiel base de usuários: o Google Reader. Qual será a próxima vítima? O GMail?
Entendo que a empresa tem que fazer dinheiro, e que se o Reader não contribui com a causa, deve morrer. Mas é ruim para nós, consumidores, que nos acostumamos a ter algo tão legal grátis e agora ficamos a ver navios.
Mas iremos sobreviver, e talvez até encontrar um lugar melhor para armazenar e gerenciar nossos feeds RSS, algo que o Reader fazia bem mas não com muita elegância. Vasculhando as opções na internet, encontramos quatro boas alternativas, que em alguns pontos até superam o original. Mas antes de mais nada... que tal um backup?
Seguro morreu de velho
A maioria das alternativas ao Reader é capaz de importar automaticamente seus feeds cadastrados no serviço da Google, mas seguro morreu de velho. Bastam alguns cliques para ter um arquivo com um backup de todas as suas "assinaturas" do Reader, além de dados extras como uma lista das matérias que você estrelou, de seguidores e de usuários seguidos.
A chave para o backup é o serviço Google Takeout, que permite que você pegue seus dados armazenados em vários serviços da Google e os embale "para viagem". Visite www.google.com/takeout no navegador e clique no botão Choose Services. Clique no botão Reader e, na página seguinte, no botão Create Archive.
O Takeout vai criar um "pacotão" com seus dados (o processo pode levar alguns minutos) e entregá-lo ao seu computador como um arquivo .ZIP. Para importar manualmente seus feeds do Reader para um outro agregador de notícias, você vai precisar apenas do arquivo subscriptions.xml dentro do .ZIP, que contém a lista de feeds que você assinava.
Reforço que este arquivo é apenas um backup, e a maioria das alternativas deve importar automaticamente seus feeds, ao menos enquanto o Google Reader estiver no ar. Caso seja necessário fazer uma importação manual, consulte a ajuda de seu serviço favorito para saber o procedimento exato.
As alternativas
Uma alternativa ao Google Reader é o NetVibes, que também era uma das minhas sugestões de alternativa ao finado iGoogle. Embora esteja mais para um portal web do que para um leitor de RSS dedicado, é fácil recheá-lo com seus feeds favoritos.
Se você já investiu muito tempo no Google Reader, dê uma olhada no Feedly, que não só apresenta seus feeds em um belíssimo layout que lembra um blog ou revista, mas também é capaz de importá-los do Reader. Isso significa que com apenas alguns cliques você pode resgatar toda a sua biblioteca de feeds, e de quebra deixá-la mais bonita. O Feedly tem integração com serviços populares como o Pocket (que permite "guardar" arquivos para ler depois) e o Twitter, e está disponível em versões para o Chrome, Firefox e Safari, e também tem apps para Android e iOS.
Outra opção é o The Old Reader. Como diz o nome ele é inspirado no "velho" Google Reader, antes da Google ter eliminado recursos sociais como a possibilidade de compartilhar artigos com outros usuários do programa. Além do compartilhamento também há integração com serviços como o Pocket. A interface é simples, e muito similar à do Google Reader, o que facilita a migração. Um probleminha: ele não tem um app para dispositivos móveis, e a interface "mobile" do site é lenta.
Se estas opções parecem pomposas demais e você prefere algo mais simples, dê uma olhada no Skimr, um leitor de feeds básico e otimizado para dispositivos móveis que já vem com uma lista de sites de tecnologia populares pré-programada. Crie uma conta gratuita para poder editar a lista e adicionar seus sites favoritos a ela.
Vale lembrar que todos estes serviços andam sobrecarregados com uma avalanche de usuários que, como você, procuram uma alternativa ao Google Reader. Só nas 48 horas seguintes ao anúncio do fim do Reader o Feedly ganhou 500 mil novos usuários, e os desenvolvedores foram forçados a adicionar novos servidores e aumentar a largura de banda disponível às pressas para poder atender a todos. Portanto é normal, no momento, encontrar problemas como um pouco de lentidão para carregar ou importar feeds, ou erros de sincronização com dispositivos móveis. Eles deverão ser resolvidos em pouco tempo, tenha paciência.
Estas são nossas sugestões. E você, tem alguma? Se você conhece um leitor de RSS que deixa o Google Reader no chinelo, deixe a dica nos comentários deste artigo.
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