Jovem, com apenas 34 anos de idade, o novo diretor do presídio ingressou no sistema  prisional em 2004, como Agente de Segurança Penitenciário, em Juiz de Fora, para trabalhar inicialmente, na Penitenciária Arioswaldo Campos Pires, depois na José Edson Cavalieri e no CERESP - Centro de Remanejamento do Sistema Prisional. Em 2007, Alan Rezende teve uma curta passagem na Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Em 2008 assumiu a direção geral do presídio em Visconde do Rio Branco onde permaneceu até ser transferido para Cataguases. Em 2014, Alan completa dez anos de serviços no sistema prisional, informou.

Ele revela que ao assumir o cargo em Visconde do Rio Branco "tive a chance de colocar em prática tudo aquilo vivenciado mas cidades onde pude trabalhar", disse. Segundo ele, a realidade encontrada naquela cidade "era de fugas constantes e problemas de toda ordem. E em sessenta dias conseguimos colocar em prática um projeto que levou o preso a trabalhar na limpeza de ruas daquela cidade, graças a uma parceria com a Prefeitura. Apenas este gesto, que trouxe dignidade ao cumprimento da pena, pôs fim às fugas", destacou. Pouco tempo depois, acrescentou Alan, este programa começou a ser desenvolvido nas demais unidades prisionais de nossa região".  

Em Cataguases o novo diretor também tem projetos a serem implementados. "Penso em aproveitar o galpão que temos aqui na Unidade Prisional para que uma empresa possa repassar parte de sua mão-de-obra para os acautelados", acrescentando que pretende dar início a este projeto já no segundo semestre. Além disso, Alan informa que no próximo dia 18 serão iniciadas as aulas do Pronatec dentro do presídio para capacitar quinze presos em noventa dias. "Inicialmente, vamos oferecer somente o curso de garçon a título de experiência e, se der os frutos que imagino, vamos montar outras turmas para formar bombeiros hidráulicos, eletricistas prediais, entre outros", contou otimista.

Os problemas encontrados também são encarados pelo novo diretor com tranquilidade e a disposição necessária para enfrentá-los. "Temos que fazer algumas adaptações no prédio para melhorar o procedimento operacional padrão. Além disso, precisamos criar ambientes de convivência pós-atividades, posto de triagem no sopé do morro de acesso ao presidio para entrega e revista de gêneros alimenticios e outros trazidos por seus familiares, além da instalação de câmeras de segurança em diversos pontos que vão gravar vinte e quatro horas o que acontece no sistema, bem como uma sala de apoio da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)", elencou o diretor.

Porém, a iniciativa mais urgente é concluir o setor de Enfermaria que está em construção com previsão de ter as obras encerradas nos próximos quinze dias. "E também pretendo, ainda este ano, cobrir cerca de trinta por cento do pátio para visitas, propiciando maior segurança aos familiares", completou o diretor. 

Para realizar todos estes projetos e administrar o presídio, Alan Rezende conta com o apoio de toda sua equipe que classificou como sendo "o motor necessário para conseguir alcançar nossos objetivos". Ele também disse considerar "imprescindível" a participação "ativa de membros do Judiciário, Legislativo, Executivo, OAB, Defensoria Pública, empresários, reprensentantes de classes, e toda a sociedade",  finalizou o diretor.