Download
Funcionários graduados da Casa Branca se reuniram na quinta-feira com estrategistas democratas de fora do Executivo, buscando conselhos sobre com retomar a agenda de governo após três escândalos sucessivos.
A Casa Branca está sofrendo críticas pela forma como lidou com o atentado de 2012 em Benghazi (Líbia), com a violação do sigilo telefônico de jornalistas durante uma investigação do Departamento de Justiça, e com a denúncia de que as autoridades tributárias fizeram marcação cerrada nas contas de grupos conservadores, de oposição ao governo.
Agora, assessores do presidente Barack Obama buscam uma forma de voltar as atenções novamente às prioridades dele, como a geração de mais empregos e a reforma da imigração, mas sem passar a impressão de que o governo está tentando abafar as polêmicas.
"Acho que o que eles fizeram nos últimos dois dias é uma grande demonstração de que estão preparados a se apropriarem desse negócio e lidarem com ele", disse Tad Devine, veterano estrategista democrata convidado para a reunião de quinta-feira.
"Sempre haverá solavancos no caminho. É a natureza disso. Acho que eles vão ficar bem, desde que se atenham às grandes questões", disse Devine à Reuters.
Cerca de uma dezena de estrategistas externos foram recebidos pelo chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, pelos assessores presidenciais Valerie Jarrett e Dan Pfeiffer, pelo diretor de comunicações Jen Palmieri e pelo secretário de imprensa, Jay Carney.
Pfeiffer confirmou a reunião, mas não apresentou detalhes.
A equipe de Obama mantém reuniões regulares com conselheiros externos. A de quinta-feira foi marcada quando os três escândalos corriam a todo vapor, mas participantes disseram que seria incorreto descrevê-la como uma cúpula de crise.
Obama viaja nesta sexta-feira a Baltimore para falar sobre suas propostas para o ensino pré-escolar, a criação de empregos industriais e melhoras na infraestrutura.
"Não posso pensar em melhor momento (para a viagem)", disse Devine, segundo quem as pesquisas consistentemente indicam que o eleitorado prefere que ocupantes de cargos eletivos se debrucem sobre a economia em vez de "questões periféricas".
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE