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A mãe dos filhos de Ariel Castro foi repetidamente às autoridades, acusando-o de espancá-la, abusá-la e ameaçá-la. Mas suas queixas nunca levaram à prisão de Castro nem resultaram em investigações policiais adicionais.
As acusações de Grimilda Figueroa contra Castro tiveram início em 1989 e a última foi registrada em 2005, três anos após ele supostamente sequestrar a primeira de três mulheres e detê-las em uma casa em Cleveland.
No primeiro caso, ele não foi condenado à prisão e nos outros dois, Grimilda decidiu descartar a acusação. Especialistas em abuso doméstico dizem que vítimas nesses casos frequentemente procedem dessa maneira porque têm medo, ou porque não têm conhecimento suficiente do sistema legal.
Castro foi acusado agora de estuprar Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight e de sequestrar as três mulheres e a filha que teve com Amanda durante o cativeiro. Um promotor de Ohio disse na quinta-feira que pretende acusar Castro de assassinato com a morte por fome e o abuso de Michelle durante casos de gravidez que resultaram em aborto espontâneo.
Grimilda morreu em abril de 2012, com 48 anos, devido a uma overdose acidental do anestésico oxicodona, de acordo com um médico legista de Indiana.
As acusações de assassinato contra Castro serão complicadas por uma falta de evidências físicas e registros médicos, dizem especialistas.
O caso pode depender, consequentemente, de se as três vítimas de Castro compareçam à corte para testemunhar que Michelle estava grávida e sofreu aborto espontâneo, de acordo com o professor de direito da Universidade de Dayton Thaddeus Hoffmeister.
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