A greve realizada pelos servidores da 1ª Instância do Tribunal de Justiça de Minas Gerais desde o dia 16 de março continua em vigor, já que até agora nenhum acordo foi firmado visando  o cumprimento das reivindicações feitas pela categoria, que busca melhor condição de trabalho e a valorização dos profissionais.

Conforme revelou Sandra Dias, delegada sindical e funcionária do Fórum de Cataguases, que também aderiu à paralisação, "o Tribunal propôs uma gratificação de R$130,00 por mês, mas isso é pouco, pois, com os descontos, receberemos cerca de R$70,00. Além disso, ele disse que cumprirá o pagamento da data base e do vale lanche, contudo isso já está previsto em lei, inclusive o último é determinação do Conselho Nacional de Justiça", completou.

Com a paralisação, o atendimento aos cidadãos no Fórum de Cataguases está reduzido a 30% (trinta por cento) da capacidade normal e só estão sendo resolvidos os casos de urgência e emergência. Na próxima terça-feira, 23, uma nova assembleia será feita em Belo Horizonte às 10h30 h, onde novamente se buscará um acordo, mas enquanto isso "a greve continua até conseguirmos nossos objetivos, por isso, pedimos à população que tenha paciência, uma vez que buscamos boas condições de trabalho para melhor atendermos a todos", destacou Sandra.

Ela também revelou que existem muitas reclamações no que diz respeito aos atrasos nos andamentos processuais. "Isso se deve à quantidade insuficiente de juízes e servidores para atender aos trabalhos dessa Comarca e só se resolve o problema com a realização de um mutirão. Enfim, são diversas questões que nos levaram à greve, e nos próximos dias saberemos se ela termina ou persiste, dependendo do que for dito na assembleia do dia 23", finalizou.