Em 19/03/2013 às 08h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O candidato opositor à Presidência da Venezuela disse nesta segunda-feira que está disposto a deixar de entregar petróleo a Cuba, o que colocaria fim a um dos pactos petrolíferos mais defendidos pelo falecido Hugo Chávez.
"Os presentes a outros países vão acabar. Não vai mais sair nenhuma só gota de petróleo para financiar o governo dos (irmãos) Castro", disse Henrique Capriles em discurso a universitários.
Ele advertiu que, se eleito, também fechará a torneira que abastece com petróleo outros países aliados da Venezuela com condições vantajosas para os compradores. A Venezuela é o país com as maiores reservas de petróleo do mundo.
Sob uma emaranhada rede de convênios internacionais, Caracas entrega petróleo a cerca de 20 países do Caribe, América Central e América do Sul.
Capriles enfrentará o presidente interino e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, nas eleições presidenciais de 14 de abril.
Caracas e Havana assinaram um convênio em 2000 sob o qual a Venezuela se comprometeu a entregar petróleo à ilha em troca da prestação de serviços médicos às populares missões empreendidas por Chávez para atender aos segmentos mais pobres da sociedade.
O convênio foi se ampliando e Cuba começou a prestar serviços em setores como mineração, esporte, eletricidade, entre outras áreas da economia.
"Castro usa os venezuelanos, usa nosso povo, para que esse governo fique rico. Não é o povo, os povos são irmãos", acrescentou Capriles.
A petrolífera estatal PDVSA afirmou que em 2011 a Venezuela forneceu 96.3000 barris de petróleo por dia a Cuba, um volume que tem se mantido estável.