Em 18/03/2013 às 20h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, começa a corrida eleitoral com uma vantagem de 14,4 pontos percentuais nas intenções de voto sobre seu rival Henrique Capriles, revelou nesta segunda-feira o banco Barclays citando a pesquisa de um instituto de prestígio.
A maioria dos analistas acredita na vitória de Maduro nas eleições marcadas para 14 de abril para eleger o substituto de Hugo Chávez, já que o ex-chanceler se beneficiaria de parte do capital político e da enorme popularidade do líder socialista em uma acelerada e curta campanha.
Maduro tem a preferência de 49,2 por cento dos eleitores pesquisados, frente a 34,8 por cento do candidato opositor Capriles, segundo a sondagem da Datanálisis realizada entre 11 e 13 de março, revelou o Barclays.
"O candidato do chavismo ampliou sua vantagem sobre o candidato opositor. Contudo, Maduro ganhou apenas 2 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, mostrando um efeito de simpatia limitado, apesar do esforço do governo de tirar proveito do período de luto", disse a empresa em nota a clientes.
A Datanálisis não confirmou os dados da pesquisa.
Uma sondagem anterior da Datanálisis, feita em residências antes da morte de Chávez, identificou uma vantagem de 12 pontos percentuais de Maduro sobre Capriles.
O opositor disputou as eleições de outubro com Chávez e, embora tenha conseguir diminuir a diferença que o separava do presidente no início da campanha, foi derrotado por 11 pontos percentuais, dando uma contundente vitória ao mandatário socialista que morreu em 5 de março após dois anos de luta contra o câncer.
Tanto Maduro como Capriles começaram suas respectivas campanhas com visitas a distintas cidades do país e longos discursos públicos, tentando maximizar o tempo de que dispõem para atrair eleitores.
A pesquisa da Datanálisis identifica 16 por cento de eleitores indecisos ou que apoiariam outros candidatos de menor perfil que também se inscreveram para concorrer nas eleições.
"Maduro continua sendo o favorito para as eleições presidenciais de 14 de abril. Contudo, sua popularidade é volátil e descansa no apoio emocional que Chávez lhe transferiu. Embora isso poderia ser de curta duração, o favorece numa campanha curta", acrescentou o Barclays.
Fonte: Reunters