Em 13/03/2013 às 16h05 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Jimmy Page e sua obra mais obscura

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Há 31 anos, Jimmy Page, o eterno líder do Led Zeppelin lançou o que pode ser considerado seu trabalho mais obscuro, a trilha sonora do filme “Desejo de Matar II”. Era 1982 quando o produtor Michael Winner convidou Jimmy Page, ícone do Led Zeppelin, para que gravasse a trilha sonora do novo filme da franquia de Charles Bronson, Death Wish II, no Brasil, “Desejo de Matar II”. Jimmy havia desfeito o Led Zeppelin e ainda não tinha uma banda fixa, então ele tratou de recrutar Dave Paton, renomado baixista de estúdio que tinha em seu currículo trabalhos com Alan Parsons Project e Camel. E para a bateria, o recrutado foi Dave Mattacks, Do Fairport Convention, que gravou com cantores do porte de Elton John, e tinha um estilo muito versátil de tocar, indo desde o rock ao jazz tradicional; para cantar as (poucas) músicas com letra, o guitarrista chamou o cantor inglês Chris Farlowe, com um tibre de voz único e uma extensa carreira solo.

 

Banda pronta, o músico começa a compôr sozinho os temas. Death Wish II já abre com uma paulada,  “who´s To blame”, parecida com Led Zeppelin, com o Chis Farlowe tentando emular Robert Plant. “Chase” é um tema instrumental jazzistico calcado em teclados. A bolacha segue com “City Sirens”, e traz o pianista e vocalista canadense Gordon Edwards nos vocais pincipais.  “Jam Sandwich” é um intrumental em que Page pode mostrar toda sua técnica e versatilidade. Seguindo vem “Carole´s Theme”, acústico intrumental caracteristico do cinema, onde Page acompanha a GLC Filarmonica somente ao violão. “Release” é outro instrumental curto, onde Page, mais uma vez se mostra bom solista. “Hotel Rats and Photostatics” na verdade são efeitos criados por Jimmy para serem usados durante o filme.

 

“Shadow in The City” segue a mesma linha, é uma ambiência criada pelo guitarrista utilizando teclados e sintetizadores. “Jill´S Theme” é mais um instrumental orquestrado tão comum nas trilhas sonoras. O cd volta a se levantar com “Prelude”, um Blues instrumental belíssimo criado por Jimmy que ainda conta com a participação de Gordon Edwards no piano. A diferente “Big Band Sax and Violence” é um tema instrumental sincopado fortemente influenciado pelas big bands de jazz, e mostra o lado eclético de Page.

 

Por fim, temos “Hypnotizing ways”, onde o cantor Chris Farlowe volta a dar o ar de sua graça, dessa vez em um tema mais pop, mas não sem menos guitarras, uma das caractéristcas de Jimmy.

 

Interessante lembrar, que como na época, Jimmy estava sem uma banda real, o guitarrista saiu em turnê fazendo shows ao lado do A.R.M.S. projeto idealizado por Eric Clapton para angariar fundos para o tratamento de Ronnie Lanne, antigo baixista do Faces que sofria de esclerose múltipla. 

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