Em 12/03/2013 às 08h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Parlamentares dos Estados Unidos rejeitaram, na segunda-feira, um pedido do governo Obama para aprovar um aumento permanente no financiamento dos EUA ao Fundo Monetário Internacional, em um revés às reformas do FMI que buscam aumentar o poder de voto das economias emergentes.
As reformas precisam de aprovação do Congresso porque envolvem mudanças e a transformação em permanente de uma contribuição dos EUA de 65 bilhões de dólares Ao fundo de crise do FMI.
Os EUA são necessários para finalizar um acordo histórico fechado por países membros do FMI em 2010, que tornaria a China o terceiro maior membro votante do FMI.
O acordo também aumentaria o poder de voto de outras economias emergentes como Brasil e Índia, que há tempos argumentam que sua crescente influência na economia mundial deveria ser refletida em instituições como o FMI.
Depois de adiar o pedido no ano passado devido à eleição presidencial nos EUA, o Tesouro norte-americano buscou incluir a provisão em uma legislação pendente no Congresso que busca evitar um fechamento do governo dos EUA no final de março.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, rejeitou o pedido de financiamento ao FMI na semana passada, mas o governo esperava que o Senado, liderado pelos democratas, o incluísse em sua versão do projeto de lei de financiamento.
Após dias de negociações, os autores do projeto no Comitê de Apropriações do Senado rejeitaram o pedido ao considerá-lo politicamente sensível demais no tenso ambiente orçamentário em Washington, onde os cortes de gastos do governo que entraram em vigor em 1 de março começam a ser sentidos.
O governo Obama terá outra chance de conseguir a aprovação para um maior poder de voto no FMI quando o Congresso começar a trabalhar em uma nova série de projetos de lei sobre gastos para o ano fiscal de 2014, que começa em 1o de outubro.
Fonte: Reunters