Em 06/03/2013 às 12h01 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Pink Floyd: Os 40 Anos de Um Clássico

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Na sexta feira, 1º de março, fez 40 anos que o Pink Floyd lançou o que talvez seja o maior trabalho de todo o rock, “Dark Side Of The Moon”, com sua atmosfera progressiva e suas letras contundentes. O ano era 1973, o Pink Floyd tinha lançado “Meddle” dois anos antes. Depois de uma trilha sonora, “Obscured By Clouds”, os músicos resolveram seguir em frente, gravando o que seria a continuação do trabalho do grupo. Um fator determinante para todo o sucesso do que viria a ser “Dark Side Of The Moon”, foi os músicos terem chamdo o engenheiro de som Alan Parsons, que conseguiu extrair e criar altos efeitos, dando uma ambiência toda especial a obra.

 

Entre maio de 1972 e janeiro de 1973, eles se reuniram no cultuado Abbey Road studios, para gravarem as músicas.  A curta e emblemática “Speak To Me” dá o tom para abrir os trabalhos em meio a sons e climas floydianos. “Breathe” com sua guitarra com slide e sua letra sintomática preparam os ouvidos para uma bem-vinda sinfonia. Na verdade é uma belissima introdução da obra. “On The Run” emula sons e ambiências diversas, numa época que loops e sintetizadores ainda eram bem incomuns. Depois de quase quatro minutos de loucura eletrônica, os relógios de “Time” dão a introdução àquela que a meu ver, é a mais bela canção de toda essa obra-prima. Tudo ali é perfeito e superlativo, a bateria de Nick Manson na introdução os vocais de Gilmour e Waters, o solo arrasador de Gilmour, os teclados criados por Wright. Em suma, é o tão buscado tema perfeito. ‘The Great Gig In The Sky” dá o tom melancólico do album, as esparsas notas do teclado de rick Wright preparam a entrada do solo vocal emocionante de Clare Torry. E pensar que no fim da gravação ela saiu do estúdio pedindo desculpas ao grupo pelo trabalho!

 

Em seguida vem um dos mais conhecidos temas do disco, “Money” que começa com o baixo pulsante de Waters ao lado das moedas caindo. Uma canção com letra ainda atual e levemente cínica, um balanço jazzístico, permeado pelo belo solo de sax, cortesia de Dick Parry. Ele ainda participa da plácida “Us and Them”, que começa exatamente com um solo de sax e vai crescendo no instrumental e nas harmonias vocais. “Any Colour You Líke” foi feita para Rick Wright brilhar, um tema instrumental com belos solos e camadas etéreas de teclados viajantes, seguidos pela pungente guitarra de Gilmour. “Brain Damage”, e sua letra pode muito bem ser uma referência ao antigo guitarrista Syd Barret, que se afastou do grupo por problemas com LSD, embora a banda nunca tenha confirmado tal fato. “Eclipse” é o canto do cisne, encerra com a pompa e o glamour que a obra merece, com a voz de Clare sobreposta em meio aos vocais do grupo, com uma letra primorosa.

 

E lá se vão 45 minutos... e em meio a uma viagem tão lisérgica... a sensação que o tempo não passou... ou passou rápido demais.  

 

Na nossa próxima coluna, uma homenagem a Jimmy Page, do Led Zepellin, que há 31 anos e também no dia 1º de março, lançou a trilha sonora do filme “Desejo de Matar II”.

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