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Minas Gerais conquistou o direito de sediar uma das aceleradoras de empresas de tecnologia de informação (TI) no país. Nesta quinta-feira (28), foram anunciados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação os vencedores do edital que escolheu as aceleradoras qualificadas para integrar o comitê responsável por selecionar 100 startups que irão receber, cada uma, por 12 meses, R$ 200 mil para desenvolver negócios e ajudarem a transformar Minas num Estado líder no setor de TI no país.

Aceleradoras são grupos que reúnem membros do governo, academia e entidades representativas do setor com o objetivo de impulsionar as chamadas startups. As 100 empresas serão selecionadas por meio de um outro edital que será lançado pelo ministério ainda no mês de março.

Todo o processo foi conduzido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), em parceria com a Fumsoft – Sociedade Mineira de Software e outras entidades representativas do setor de TI.

A proposta de Minas/Fumsoft disputou com outras 23. Nove foram escolhidas. Além da proposta de Minas Gerais, foram qualificadas as propostas da Aceleratech, 21212,  Microsoft (por meio das aceleradoras que está construindo), Papaya, Pipa, Wayra (da Telefonica), Outsource e StarYouUp.

Atuação em conjunto

O secretário Narcio Rodrigues, que promoveu a união entre as entidades representativas, a academia e o Governo do Estado, comemorou o resultado. “Este resultado prova que, quando atuamos em conjunto, juntando todas as partes envolvidas em torno de um objetivo e definindo uma estratégia de atuação, as chances de sermos vitoriosos são gigantescas”, afirmou o secretário.

Virgílio Almeida, responsável pelo setor de política de Software do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, também destacou a união do Estado como fator determinante pela vitória.

“Minas conseguiu um arranjo de forças poderosas, unindo empresas, entidades representativas do setor e o governo do Estado. Este resultado vai permitir que Minas atraia e fomente o surgimento de empresas de base tecnológica. O resultado será a geração de riqueza  e o progresso do Estado”, observou.

O secretário Narcio Rodrigues destacou, ainda, que o apoio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, e do Conselho Estratégico da entidade foi fundamental na construção da proposta mineira. Outra personalidade que apoiou o projeto de Minas foi o presidente da Operadora de Telefonia OI, Otávio Azevedo Marques.

Segundo Narcio Rodrigues, o projeto pode impulsionar a inovação em larga escala no Estado. “Vamos criar em Minas um conglomerado e empresas de TI de classe mundial”, afirmou, apontando o projeto mineiro MG TI 2022, derivação do programa TI Maior do Governo Federal, como a principal alavanca para atingir este objetivo.

Ainda de acordo com o secretário, uma das missões é ampliar consideravelmente o número de empresas de excelência no Estado. Atualmente, Minas tem 5 mil empresas de TI, o que representa 7,6% do total de empresas no país que respondem por um faturamento anual conjunto da ordem de R$ 2,3 bilhões. Outra meta é gerar cerca de 72 mil novas vagas de emprego.

A previsão de investimentos no programa mineiro é da ordem de R$ 195 milhões. Só para capacitação serão alocados R$ 75 milhões. Outra ação será a construção de um Polo Empresarial de TI, numa parceria entre o Governo de Minas e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Neste espaço, aberto a investimentos empresariais, serão disponibilizadas área de convivência, de pesquisas e capacitação.

 

Fonte: Agência Minas