Em 23/02/2013 às 20h36 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
A Coreia do Norte alertou o principal comandante dos EUA sediado na Coreia do Sul de que suas forças sofrerão "uma destruição penosa" se levarem adiante os exercícios de guerra planejados com tropas sul-coreanas, informou a mídia estatal norte-coreana neste sábado.
Pak Rim-su, principal delegado da missão militar norte-coreana no vilarejo de Panmunjom, oficialmente em trégua, transmitiu a mensagem por telefone ao general James Thurman, comandante das Forças dos EUA-Coreia do Sul, afirmou a agência de notícias KCNA.
O fato ocorreu em meio à escalada nas tensões na península coreana na esteira do terceiro teste nuclear da Coreia do Norte no início do mês, um desafio às resoluções da ONU que despertou o repúdio da comunidade internacional.
Uma mensagem direta da missão em Panmunjom ao comandante norte-americano é rara.
O Comando Combinado das Forças EUA-Coreia do Sul irá realizar uma simulação de guerra virtual anual, apelidada de Key Resolve (Determinação Essencial, em tradução livre), entre 11 e 25 de março, envolvendo 10 mil soldados sul-coreanos e 3.500 norte-americanos.
O comando ainda planeja conduzir exercícios conjuntos com manobras em terra, mar e ar. Cerca de 200 mil soldados sul-coreanos e 10 mil norte-americanos devem ser mobilizados durante o exercício de dois meses de duração, que começa em 1º de março.
"Se seu lado desencadear uma guerra de agressão realizando exercícios militares conjuntos levianos... neste momento perigoso, a partir deste momento seu destino estará por um fio a cada hora", teria dito Pak.
"Seria melhor vocês terem em mente que aqueles que desencadearem uma guerra estão destinados a uma destruição penosa".
Washington e Seul realizam exercícios regularmente, que dizem ser puramente defensivos.
A Coreia do Norte, que intensificou suas ameaças belicosas aos Estados Unidos e à Coreia do Sul nos últimos meses, os vê como ensaios de uma invasão.
A Coreia do Norte ameaçou o sul com a "destruição final" durante um debate na Conferência da ONU para o Desarmamento, na terça-feira.
Fonte: Reunters