Em 23/02/2013 às 14h52 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O Vaticano acusou a mídia italiana neste sábado de espalhar relatórios "falsos e prejudiciais" em ação que classificou como uma tentativa deplorável de influenciar os cardeais que se reunirão em um conclave secreto no próximo mês para eleger um novo papa.
Desde que o Papa Bento XVI anunciou sua renúncia em 11 de fevereiro, os jornais italianos têm publicado matérias com rumores sobre conspirações, relatórios secretos e lobbies no Vaticano que eles afirmam terem levado o papa a abdicar.
"É deplorável que, ao aproximar-se o momento do início do conclave ... que haja uma distribuição generalizada de notícias muitas vezes não confirmadas, não verificadas ou completamente falsas que causam sérios danos a pessoas e instituições", disse o Vaticano em declaração.
Os relatórios italianos mostraram um retrato pouco lisonjeiro da administração central do Vaticano, como é conhecida a Cúria, descrevendo-o como sendo cheio de prelados mais preocupados com suas carreiras do que servir a Igreja ou o Papa.
Alguns oficiais da igreja, falando reservadamente, disseram que cardeais estrangeiros que vêm a Roma para escolher o próximo papa foram alertados sobre relatos de corrupção e podem estar inclinados a eleger alguém que não está conectado com a Cúria, que é predominantemente italiana.
O comunicado do Vaticano disse que as matérias da imprensa italiana são uma tentativa de influenciar o resultado do parecer do conclave através da opinião pública negativa muito parecido com Estados e os reis que tentaram influenciar eleições papais séculos atrás.
O papa anunciou que vai renunciar em 28 de fevereiro, tornando-se o primeiro pontífice a abdicar em cerca de seis séculos.
O papa Bento, de 85 anos, disse que sua saúde já não lhe permite conduzir a 1,2 bilhão de membros da Igreja Católica Romana como ele gostaria.
Fonte: Reunters