Em 18/02/2013 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Você, leitor, já deve ter ouvido alguém dizer (ou você mesmo disse) que Cataguases é uma cidade onde não há emprego para seus habitantes. Mas isto é mesmo uma realidade? A Secretaria Municipal de Assistência Social, através de seu titular, Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno, busca esta resposta junto ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que vem fazendo um acompanhamento sobre a realidade do trabalho e emprego nos municípios brasileiros. Os principais pontos deste estudo o Site do Marcelo Lopes divulga abaixo.
As informações são baseadas no último Censo Demográfico realizado em agosto de 2010 quando Cataguases possuía 32.105 pessoas economicamente ativas onde 29.561 estavam ocupadas e 2.544 desocupadas. A taxa de participação ficou em 52,2% e a taxa de desocupação municipal foi de 7,9% (desemprego), revela o Ministério. Do total, 58,8% tinha carteira assinada, 17,1% não tinha carteira assinada, 18,6% atuavam por conta própria e 1,4% eram empregadores. Servidores públicos representavam 2,7% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam 1,3% dos ocupados. Uma informação interessante é que do total de pessoas ocupadas, 1,8% não tinham rendimentos e 44,4% ganhavam até um salário mínimo por mês.
Segundo o diagnóstico o valor do rendimento médio mensal das pessoas com emprego era de R$ 1.082,91. Entre os homens o rendimento era de R$ 1.282,22 e entre as mulheres de R$ 860,51, apontando uma diferença de 49,01% maior para os homens. O mesmo estudo revelou ainda que os dois maiores grupos empregadores de mão de obra qualificada no município são a indústria de transformação, responsável por empregar 19,5% dos trabalhadores e o comércio, que vem logo atrás, com 19,3% de absorção de profissionais. Em terceiro lugar está a categoria “Serviços Domésticos” com 9%, e em quarto lugar, empatados, os setores de Construção e Educação, ambos empregando cada um 6% da mão de obra especializada do município.
O tempo em que cada pessoa trabalha por semana em Cataguases também foi verificado e constatou-se que 62,9% dos ocupados trabalhavam de 40 a 48 horas e 16,6% tem uma jornada superior. Entre os que trabalham fora de casa 83,2% gastavam até meia hora para ir e vir do serviço; 15,1% mais de meia hora até uma hora e 1,7% perdiam mais de uma hora com o deslocamento.
As informações estão sendo avaliadas pelo Secretário de Assistência Social, Vanderlei Pequeno, que quer entendâ-las melhor para poder elaborar projetos que ajudem a mudar esta realidade do município. “A questão da baixa remuneração pelo trabalho é um ponto histórico, diz o Secretário. Já a diferença entre o salário pago a homens e mulheres é outra questão que precisamos desmistificar e, por fim, queremos saber quais setores da economia que mais dificuldades encontram para contratar profissionais e ver se podemos criar cursos e formalizar parcerias no sentido de formar mão de obra para este segmento”, comentou Pequeno.