Em 16/02/2013 às 21h17 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Presas 25 pessoas suspeitas de participação em onda de ataques em Santa Catarina

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Sant

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Sant

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Agência Brasil

 

Brasília - Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina já resultou na prisão de 25 pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a onda de atentados que, desde o dia 30 de janeiro, resultou em 106 ocorrências em 32 cidades catarinenses.

 

Além dos 25 novos presos, outras 45 pessoas que já se encontravam detidas em cadeias estaduais voltaram a receber voz de prisão, acusadas de mandar, planejar ou executar os ataques contra agentes de segurança pública, bases policiais, ônibus e veículos particulares.

 

As 70 ordens de prisão já cumpridas até a tarde deste sábado (16) são parte dos 97 mandados expedidos pela Justiça a pedido das autoridades policiais. Agentes de 12 cidades participam diretamente da operação, deflagrada na noite de sexta-feira (15).

 

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, até o fim da manhã deste sábado, 15 pessoas foram presas apenas na Grande Florianópolis. Entre elas está Bruno Miranda, o Bruno da Maloca. De acordo com a polícia, Bruno é considerado o braço direito dos líderes de uma facção criminosa que estão presos. Ele seria encarregado de levar informações de dentro dos presídios da Grande Florianópolis para as pessoas de fora e por recrutar executores para promoção de atentados.

 

Mais cedo, ao participar de uma entrevista coletiva junto com o governador do estado, Raimundo Colombo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, confirmou as prisões e revelou que, entre os detidos, há advogados suspeitos de envolvimento com organizações como o Primeiro Grupo da Capital (PGC), acusada de estar detrás dos atentados. Cardozo defendeu que a atuação dos advogados seja rigorosamente investigada.

 

“Se existem provas de que advogados não agem como advogados, mas sim que atuam como membros de quadrilhas, eles devem responder à lei. Não há que se pensar em privilégios. Falo isso como advogado, pois o espírito corporativo é legítimo quando defende prerrogativas, e não privilégios”, disse Cardozo.

 

Durante a coletiva, Cardozo e Colombo anunciaram algumas medidas de combate aos criminosos, como a transferência de 40 presos de unidades prisionais catarinenses para instituições federais de segurança máxima em outros estados e a realização, a partir deste sábado, de uma operação que, nas palavras do ministro, visa "asfixiar financeiramente as organizações criminosas" por meio do "cerco policial nas divisas terrestres, aéreas e marítimas do estado".

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