Em 01/02/2013 às 08h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Rede Fhemig lança Campanha para a Prevenção de Acidentes durante o Carnaval

Carnaval, o Hospital João XXIII já possui esquema

Carnaval, o Hospital João XXIII já possui esquema

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Na manhã desta quinta-feira (31), o Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, lançou uma ampla campanha para a conscientização da população e a consequente prevenção de possíveis acidentes durante o Carnaval. A campanha foi lançada oficialmente em coletiva de imprensa que contou com as presenças do diretor do hospital, Antônio Penido; do diretor do setor de emergência, Tarcísio Versiani; e do coordenador da Unidade de Toxicologia, Délio Campolina, entre outros profissionais do hospital.

A uma semana do Carnaval, o Hospital João XXIII já possui esquema especial para o atendimento de ocorrências que possam se dar ao longo do período de folia. Segundo Penido, durante o carnaval há um aumento da demanda por atendimento em torno de 30%. No entanto, neste ano, devido à maior ocorrência de chuvas, é esperado um aumento de casos acima da média, uma vez que a tendência é as pessoas viajarem menos, daí a expectativa do crescimento do número de entradas.

Por outro lado, o alto índice de chuvas impede, ou pelo menos, dificulta a ocorrência de uma das maiores causas de traumatismo raquimedular (TRM), que é o mergulho em água rasa, responsável, quando há sol, por duas internações diárias no período do carnaval.

Internado há quase dois meses devido a um TRM, o auxiliar de serviços gerais, Divino Souza Filho, de 23 anos, é um exemplo de que o excesso pode provocar sequelas de grande extensão. O jovem acidentou-se ao fazer uma curva quando pilotava uma motocicleta em alta velocidade. Divino levava na garupa um amigo que teve uma das pernas fraturada. Depois de se submeter a várias cirurgias e da longa internação, o auxiliar de serviços gerais aconselha cautela ao conduzir uma moto, principalmente no carnaval, quando as pessoas, segundo ele, cometem abusos.

Um exemplo emblemático de situações que podem, potencialmente, aumentar sua ocorrência durante os festejos carnavalescos são os acidentes de motos envolvendo motoristas embriagados. Este é o caso do aposentado Geraldo Eustáquio Borges, de 54 anos de idade. Embora não estivesse pilotando a moto, ele estava embriagado na garupa do sobrinho que, também embriagado, avançou a parada obrigatória e colidiu com um veículo na cidade de Pará de Minas, no Centro-Oeste do Estado. Os dois ficaram gravemente feridos e Geraldo foi transferido para o HPS para ser submetido a uma cirurgia para a fixação de pinos em sua perna direta. Refeito do susto, o aposentado recomenda a todos que não sigam o seu exemplo. “A gente não deve dirigir embriagado e nem pegar carona com quem esteja. Saibam se divertir, principalmente no carnaval, porque várias pessoas acabam morrendo por causa do excesso de bebidas”, salienta.

Álcool: um dos principais protagonistas

O uso abusivo do álcool está associado não somente aos acidentes de trânsito, mas à maior parte dos atendimentos nas unidades de pronto-atendimento e serviço especializado de saúde. Pode-se creditar a ele um grande número de quedas, afogamentos, traumatismos diversos, brigas e agressões.

Animais peçonhentos

Outro tipo de acidente que costuma ter um significativo aumento durante os quatro dias de folia é o decorrente do contato com animais peçonhentos, haja vista que um grande número de pessoas troca os bailes e desfiles por um cenário mais calmo e próximo à natureza. No caso de acampamentos, a exposição ao ataque de cobras, aranhas, lagartas e escorpiões é maior, uma vez que esses animais peçonhentos se encontram em seu ambiente natural. Mesmo quem está habituado às regiões de matas e vegetação densa deve ficar atento.

Acostumado aos perigos que estas áreas representam, Geraldo Cândido dos Santos, de 59 anos, morador de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, viveu uma experiência traumática envolvendo uma cascavel. Ao colher pequi em um condomínio próximo a sua casa, ele não sabia que o animal também apreciava o fruto. Quando estendeu a mão para apanhar o pequi, a cobra picou o seu braço. Experiente, Geraldo se desvencilhou do animal, entrou no carro e buscou atendimento no hospital da cidade que, após prestar os primeiros socorros, o transferiu para o Hospital João XXIII. Depois de nove dias internado e totalmente recuperado, Geraldo dá conselhos sobre a prevenção. “Eu digo a todos que tomem muito cuidado, sempre olhem bem o local onde vão ficar, pois todo cuidado é pouco”, finaliza.

O chefe da Unidade de Toxicologia, Délio Campolina, recomenda que não se deva acampar perto de plantações, pastos ou matos denominados “sujos”, regiões onde há normalmente roedores e maior número de cobras. Ele também alerta sobre horários de maior perigo. “O amanhecer e o entardecer são os períodos em que as serpentes venenosas estão em maior atividade”, ressalta.

 

Fonte: Agência Minas

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