Em 29/01/2013 às 08h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez na segunda-feira um apelo aos chefes de polícia do país em sua cruzada pelo controle das armas de fogo, e reiterou a esperança de que o Congresso aprove logo um pacote de medidas proposto por ele após um massacre em uma escola primária do país.
A reunião com chefes de polícia de cidades assoladas por massacres - além de telefonemas para outras autoridades norte-americanas - é parte de uma série de discussões que Obama está usando para tentar angariar apoio às medidas, que incluem ordens do Executivo e projetos submetidos ao Congresso.
Falando a jornalistas no começo da reunião, Obama observou que os chefes de polícia percebem que o problema da violência armada vai além de alguns massacres de grande repercussão.
"Por isso parte da conversa que teremos hoje diz respeito não só à questão de novas leis ou de uma melhor fiscalização das nossas leis sobre armas, significa também que vamos assegurar que temos as melhores equipes de policiamento possíveis. O que vamos fazer para contratar mais policiais? O que vamos fazer para assegurar que eles estão recebendo o treinamento do qual precisam?"
Obama deseja proibir armas de assalto ao estilo militar e exigir a avaliação de antecedentes para todos os candidatos à compra de uma arma. As duas questões, que precisam ser aprovadas no Congresso, são politicamente delicadas, por envolverem a garantia constitucional do direito ao porte de armas.
A Comissão de Justiça do Senado realiza na quarta-feira sua primeira audiência sobre as medidas.
"A única forma de podermos fazer tudo o que precisa ser feito é com a cooperação do Congresso", disse Obama. "Isso significa aprovar leis sérias que restrinjam o acesso e a disponibilidade das armas de assalto e dos cartuchos de munição que não sejam necessários para caçadores, esportistas e para os proprietários responsáveis de armas que há por aí. Significa que levamos a sério a verificação universal de antecedentes."
A Associação Nacional do Rifle, mais poderoso grupo de pressão em favor das armas nos EUA, promete contestar a iniciativa do presidente, por considerá-la inconstitucional.
A reunião de segunda-feira incluiu o vice-presidente Joe Biden, e os secretários Eric Holder (Justiça) e Janet Napolitano (Segurança Doméstica).
Entre os chefes de polícia participantes estavam o de Newtown, Connecticut, onde em dezembro um jovem matou 20 crianças e 6 adultos numa escola primária; o de Aurora, Colorado, cenário de um massacre com 12 vítimas fatais dentro de um cinema em julho; e de Oak Creek, Wisconsin, onde seis pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em agosto dentro de um templo da religião sikh.
Fonte: Reuters