Em 28/01/2013 às 14h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Israel pode recorrer a uma ação militar se considerar que a Síria está perdendo o controle sobre seu arsenal de armas químicas, disse o vice-premiê israelense no domingo.
Silvan Shalom confirmou um relato jornalístico de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reuniu seus chefes de segurança na semana passada para discutir a guerra civil da Síria e o estado do suposto arsenal químico do país.
Israel e países da Otan dizem que Damasco possui quatro locais com estoques de substâncias usadas em armas químicas. A Síria é vaga a respeito desse arsenal, mas diz que teria condições de protegê-lo e usá-lo apenas contra eventuais ataques externos.
A reunião israelense de quarta-feira não foi anunciada publicamente e foi vista como algo excepcional, pois ocorreu enquanto ainda eram apurados os votos da eleição parlamentar da véspera, vencida por estreita margem pela coalizão de Netanyahu.
Shalom disse à Rádio do Exército de Israel que, se a guerrilha libanesa Hezbollah ou rebeldes sírios obtiveram armas químicas, "isso mudaria dramaticamente a capacidade dessas organizações , violação de todos os limites, o que exigira uma abordagem diferente, incluindo mesmo operações preventivas".
Generais israelenses já disseram estar prontos para uma eventual intervenção militar na Síria.
"O conceito, em princípio, é que não deve acontecer", acrescentou Shalom. "No momento em que começarmos a entender que tal coisa está passível de ocorrer, vamos tomar decisões."
O Canal 2 da TV israelense noticiou que rebeldes sírios parecem se aproximar de importantes instalações associadas ao arsenal químico sírio, em Al Safir e Damasco. O canal mostrou fotos de um interceptador de foguetes israelense instalado no norte de Israel.
Um porta-voz militar confirmou que duas baterias do sistema "Cúpula de Ferro" foram levadas para a região de Haifa, mas afirmou que isso não ocorreu "devido a nenhuma situação específica de segurança", e sim como parte de um rodízio regular dos equipamentos.