Em 27/01/2013 às 12h15 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Por Marcelo Lopes (interino)
Thiago Pethit voltou a Cataguases neste sábado, 26, para lançar seu segundo CD, “Estrela Decadente”, e brindou o público com um show espetacular e muito dançante, com rocks e ritmos dos anos cinquenta/sessenta. Aliás, tudo, ou melhor quase tudo, remetia àquela época em que carrões esportivos com traseira “espinha de peixe” eram guiados por rapazes com cigarro à boca e jaquetas de couro. Sinônimo de rebeldia para uma geração. Para Pethit, um momento que marcou a história da música e que ele reverencia, com rara competência.
Inevitável comparar o primeiro show e este. O anterior, realizado em junho de 2012 Thiago impressionou. Até aí tudo bem, é perfeitamente compreensível, pois ele era a novidade que todos queriam ver e ouvir. E fez um show que este site definiu como sendo “descontraído e alto astral”. Neste sábado, ele manteve a descontração (que parece fazer parte de sua personalidade musical) e o alto astral. Mas colocou outro ingrediente: a força do rock and roll e todo o clima anos cinquenta. Sim! Este show está melhor que o primeiro.
Além de cantar as excelentes canções de seu novo CD, Pethit, claro, premiou o público com algumas músicas de seu antigo trabalho, trazendo à memória do público o clima de sua primeira apresentação. Mas o repertório deste seu novo disco é, também, teatral. E muito. Basta dizer que ele incluiu a letra “Surabaya Johnny”, do inigualável Bertolt Brecht. Este mesmo que você está pensando: um dos maiores dramaturgos que este planeta conheceu, e que foi musicada pelo não menos talentoso Kurt Weill.
O show de Pethit abriu a programação 2013 do Projeto Usina Cultural, que é produzido pelo dinâmico e talentoso Fausto Menta, com o patrocínio da Energisa, através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo de Minas Gerais. Com base nesta sua apresentação dá pra imaginar o que virá pela frente ao longo deste ano. O próprio Fausto avisa: “Serão shows que vão privilegiar todos os estilos e variantes da nossa MPB”. O público agradece, Fausto, afinal, nada melhor que uma boa música para embalar as noites de sábado nesta querida e (ainda) quente Cataguases.