Em 27/01/2013 às 11h28 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Em Minas Gerais foram notificados 1.349 novos casos de hanseníase no ano passado. Deste total, 12,3% dos casos foram diagnosticados com deformidade decorrente do avanço da doença.
Porém, a hanseníase tem tratamento e cura. A doença pode causar incapacidades físicas, mas que podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento, gratuito e eficaz, pode durar de seis a doze meses.
Os medicamentos devem ser tomados todos os dias em casa e uma vez por mês no serviço de saúde. Também fazem parte do tratamento exercícios para prevenir as incapacidades físicas, além de orientações da equipe de saúde da família.
A divulgação dos sinais e sintomas da hanseníase é uma importante arma no combate à doença. “Nos últimos cinco anos, foram diagnosticados cerca de dois mil novos casos. Em 2010, foram 1.524, dos quais 4,1% (63) foram em menores de 15 anos. O acometimento de jovens pressupõe a presença de adultos doentes sem diagnóstico e tratamento, convivendo e transmitindo a hanseníase para crianças e adolescentes”, explica a coordenadora Estadual de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Ana Regina Coelho de Andrade.
De acordo com Ana Regina, os casos de hanseníase estão distribuídos por todo o Estado, mas a situação merece maior atenção na divisa com a Bahia, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.
Para impulsionar o combate à hanseníase, o Ministério da Saúde lançou o Plano Integrado de Ações Estratégicas para Enfrentamento das Doenças em Eliminação. O plano está focado nas atividades de busca ativa de casos e oferta de tratamento para este grupo de doenças.
O Ministério da Saúde também disponibilizou recursos de R$ 25 milhões para 796 municípios prioritários, com a maior carga para a hanseníase, tracoma, geohelmintíases e esquistossomose.
Sobre a doença
A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita de hanseníase não se automedique e procure imediatamente um serviço de saúde.
É preciso observar manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e em áreas da pele. São manchas que não causam coceira, mas que produzem a sensação de formigamento, ficando dormentes, com diminuição ou ausência de dor, da sensibilidade ao calor, frio e toque.
Contra o preconceito
Do dia 23 a 27 de janeiro, a Casa de Saúde Santa Izabel participou das festividades do 20º Concerto contra o Preconceito, promovido pela Fundação Artístico Cultural de Betim (Funarbe) e prefeitura municipal do município, com o apoio do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Mohran) e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Fontes e foto: Agência Minas