Em 19/01/2013 às 21h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
ARGEL/IN AMENAS, 19 Jan (Reuters) - O exército argelino realizou um "assalto final" no sábado contra atiradores ligados à Al Qaeda escondidos em uma planta de gás no deserto, matando 11 dos islamitas depois que eles tiraram a vida de sete reféns estrangeiros.
"Acabou agora, o ataque acabou, e os militares estão no interior da usina limpando-a das minas", disse uma fonte local familiarizada com a operação, à Reuters.
A empresa estatal de petróleo e gás, Sonatrach, disse que os militantes que atacaram a fábrica na quarta-feira e fizeram um grande número de reféns tinham preparado uma armadilha no complexo de gás com a colocação de explosivos.
O número exato de mortos entre os pistoleiros e os trabalhadores estrangeiros e argelinos na fábrica perto da cidade de In Amenas, próxima da fronteira da Líbia, ainda não está claro.
Mais cedo neste sábado, forças especiais argelinas encontraram 15 corpos queimados na usina. Esforços para identificar os corpos estavam em andamento, disse a fonte à Reuters. Ainda não estava claro como eles tinham morrido.
Dezesseis reféns estrangeiros foram libertados no sábado, disse uma fonte próxima à crise. Entre eles estavam dois norte-americanos, dois alemães e um português.
A Grã-Bretanha disse que menos de 10 dos seus cidadãos na fábrica ainda estavam desaparecidos.
O ataque na planta se transformou em uma das maiores crises com reféns internacional das últimas décadas, colocando a militância do Saara no topo da agenda global.