Em 19/01/2013 às 15h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Agência Brasil
Brasília - Onze militantes foram mortos por soldados da Argélia durante um ataque realizado para libertar os reféns mantidos em um refinaria de gás em Amena, no deserto do Saara, segundo a agência de notícias estatal argelina APS. As forças especiais do país realizaram um ataque final na refinaria de gás neste sábado (19). Os sete reféns que estavam no local foram mortos pelos sequestradores enquanto os soldados tentavam libertá-los, de acordo com a agência.
Ainda não foram divulgadas as nacionalidades dos reféns mortos. Os detalhes da operação e das mortes ainda não estão claros e não há confirmação das informações.Os militantes sequestraram os funcionários da refinaria na quarta-feira (16) e, na quinta (17), os militares argelinos realizaram as primeiras tentativas de resgate.
Pouco antes da divulgação das primeiras informações sobre o fim do cerco à refinaria, o líder dos sequestradores, Abdul Rahman al-Nigeri, afirmou que o governo argelino tinha que escolher entre a negociação com os militantes e a morte dos reféns. Nigeri disse que tinha instalado bombas na área onde sequestradores e reféns estavam e prometeu explodir todo o complexo caso o Exército tentasse invadir.
Inicialmente, a agência de notícias APS informou que 12 funcionários da refinaria, argelinos e estrangeiros, tinham sido mortos desde as primeiras tentativas de resgate. Os militantes, por sua vez, informaram que estavam mantendo sete reféns antes do ataque. Ainda não há informações sobre 30 estrangeiros, incluindo dez cidadãos britânicos.
A refinaria de Amenas fica a cerca de 1.300 quilômetros ao sul da capital, Argel, e é administrada pela British Petroleum (BP), do Reino Unido; pela Statoil, da Noruega; e por uma companhia de petróleo estatal da Argélia.