Em 08/01/2013 às 12h54 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
A transmissão da hepatite A, doença infecciosa e aguda, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico, higiene pessoal, nível socioeconômico da população e grau de educação sanitária. No período de chuvas, com as enchentes e enxurradas, a situação tende a se agravar.
“Normalmente transmitida por meio de alimentos mal lavados, a hepatite A também pode surgir com a ingestão acidental de água das chuvas contaminada pelas fezes de pessoas infectadas”, explica a coordenadora Estadual de Doenças e Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Janaina Fonseca Almeida.
“Neste período, a incidência da patologia pode ser maior, uma vez que as enchentes podem levar água de esgoto aos rios, lagos, mares e piscinas, ampliando as chances de contaminação, além do contato direto dos cidadãos com as águas”, completa Janaina.
Os sintomas da hepatite A envolvem dores abdominais, febre, pele e olhos amarelados, além de uma urina escura. O período para o surgimento dos primeiros sintomas é de 15 a 45 dias.
Eventualmente, a Hepatite A é fatal. Mas, na maioria dos casos, os doentes se curam. Uma vez curada a infecção, o fígado se regenera totalmente.
Ainda de acordo com a coordenadora da SES-MG, não existe tratamento específico para as formas agudas das hepatites virais. “O repouso é considerado a medida primordial para a recuperação. Deve-se evitar esforços físicos, andar o mínimo possível e repousar na cama por meia hora após as grandes refeições. Isto se faz necessário no sentido de se obter a redução do processo inflamatório e manter um fluxo sanguíneo adequado ao fígado”, esclarece Janaina.
A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por seis meses, no mínimo, e, preferencialmente, por um ano.