Em 06/01/2013 às 15h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Copasa reserva R$ 450 milhões para despoluir a Bacia do Rio Paraopeba

Programa contempla contempla a implantação de sist

Programa contempla contempla a implantação de sist

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A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) tem direcionado esforços para despoluir a Bacia do Rio Paraopeba, um dos mais importantes mananciais do Estado.

Com recursos da ordem R$ 450 milhões, o Programa Paraopeba contempla a implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitários nos oito municípios contemplados pelo Programa Paraopeba (Betim, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ibirité, Igarapé, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Mário Campos).

Desde julho de 2012, a Copasa trabalha na ampliação do sistema de coleta de esgoto de Ibirité. Contudo, isoladamente, a ação da Companhia não será capaz de revitalizar as águas que alimentam o Rio.

Paralelamente às obras, a Copasa visa, sobretudo, conscientizar a população local, desde moradores a donos de indústrias, sobre a importância de se ligar os imóveis às redes de esgoto já existentes e em implantação na cidade.

Tal atitude ajuda a diminuir ou até mesmo evita uma série de malefícios causados pelo não direcionamento correto do esgoto, como poluição do solo, contaminação das águas superficiais e subterrâneas e disseminação de doenças.

“Quando me mudei para cá era só fossa, o mau cheiro era insuportável, até constrangedor. Depois da implantação da rede e das ligações, acabou esse problema”, declara o operador de produção Derimar Lima Santana, morador do Bairro Recanto Verde.

“A rede era um desejo de todo mundo aqui do bairro. E agora que se concretizou, todos devem aderir e ligar suas casas. Alguns ainda usam fossa, outros jogam a água direto na rua e toda essa sujeira traz muitas baratas e ratos”, lembra o operador de veículo industrial e vizinho de Derimar, Deusdete Aparecido Felício. Ele ainda conta que se mudou para a região há dois anos porque sabia que o saneamento chegaria ao local. “Isso valorizou muito nosso bairro”, acrescenta.

Educador ambiental e diretor da ONG Natureza Viva, de Ibirité, Anderson Mourão alerta: “não adianta fazer a rede de esgoto se as pessoas não ligarem seus imóveis a ela. Apesar do valor adicional que será cobrado na conta de água pela coleta e tratamento do esgoto, acredito que, se pensarmos nos benefícios de um rio limpo, esse investimento vale a pena.”

“Lido diariamente com casos de infecções, gastroenterites e diarreias crônicas ou de repetição, muitas vezes causadas pelo contato com a água contaminada. O maior problema é que essas enfermidades podem evoluir para a desnutrição e imunodeficiência, principalmente nas crianças. Assim, aumenta-se o número de internações e, consequentemente, as infecções e doenças oportunistas, tais como pneumonia, gastrite, entre outras”, explica o diretor do Hospital de Ibirité, Roberto Picinin Júnior.

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