Em 04/01/2013 às 20h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
(Reuters) - Na sexta-feira, a Síria disse que um carro-bomba que explodiu em um posto de gasolina lotado de Damasco na noite de quinta-feira foi detonado por "terroristas", um termo que usa para os rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad.
A bomba matou 11 pessoas e feriu 40 em um posto lotado de sírios que faziam fila para conseguir combustível, que se tornou escasso nos 21 meses de insurgência contra Assad, o segundo ataque a um posto de gasolina na capital nesta semana, disseram ativistas da oposição.
"Terroristas... explodiram um dispositivo explosivo no posto de gasolina Qassioun, perto do hospital Hamish em Barzeh, Damasco, martirizando vários civis", disse a agência de notícias estatal SANA.
A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que mais de 60.000 pessoas morreram na guerra civil, o conflito mais longo e mais sangrento que nasceu dos levantes no mundo árabe nos últimos dois anos.
Dezenas de pessoas foram incineradas em um ataque aéreo enquanto esperavam para abastecer em outro posto de gasolina de Damasco na quarta-feira, segundo fontes da oposição.
A emissora de televisão semioficial al-Ikhbariya transmitiu suas próprias imagens de Barzeh, indicando que o ataque atingiu uma área controlada pelo governo. Os moradores de Barzeh incluem membros da maioria sunita e minorias étnicas e religiosas.
Os rebeldes detêm um número crescente de subúrbios no sul e leste de Damasco, que sofreram bombardeios das forças do governo. As forças rebeldes também controlaram território no norte e leste da Síria durante avanços na segunda metade de 2012.
A guerra joga os rebeldes, a maioria sunitas, contra um governo apoiado por membros da seita alauíta de Assad e alguns membros de outros minorias, que temem retaliações se ele cair. A família de Assad governa há 42 anos, desde que o pai dele tomou o poder em um golpe.
As lutas forçaram 560.000 sírios a fugirem para países vizinhos, segundo a ONU.
O Líbano, um país que até agora tentou se distanciar do conflito vizinho por temor que ele inflame tensões sectárias, aprovou um plano de começar a registrar 170.000 refugiados sírios e pedir 180 milhões de dólares em ajuda para doadores internacionais.
A maioria dos Estados árabes governados por sunitas, assim como o Ocidente e a Turquia, pediram que Assad saia. Ele é apoiado pela Rússia e pelo Irã xiita.