Em 03/01/2013 às 16h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
A rede de Atenção às Urgências e Emergências, adotada desde 2008 pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), alcançou um salto em qualidade e eficiência nos últimos anos, principalmente em 2012.
Somente no ano passado o Governo de Minas entregou duas novas redes de Urgência e Emergência (UeE), uma na macrorregião Centro-Sul, com sede em Barbacena, e outra na macrorregião Nordeste, com sede em Teófilo Otoni. Juntas, elas receberam o investimento de aproximadamente R$ 14 milhões, com mais de 1,8 milhão de pessoas beneficiadas em cerca de 140 municípios.
Atualmente, existem três redes de UeE no Estado. Com a implantação pioneira na macrorregião Norte, 86 municípios já foram beneficiados e mais de 1,5 milhão de pessoas foram atendidas. Em 2009, após um ano de existência da rede macro Norte, houve uma redução de quase duas mil mortes na região.
Urgência e Emergência
A Rede de Urgência é um projeto prioritário do Governo de Minas, que busca qualificar e humanizar a assistência à saúde e proporcionar à população atendimento hospitalar de qualidade. A base do projeto está na modelagem da rede ideal para atenção às urgências, seguindo a lógica da regionalização e adotando uma linguagem única nos pontos de atenção.
A proposta de organização tem alguns pressupostos fundamentais: numa região, 90% da população deve ter acesso a um dos pontos de atenção da rede com o tempo máximo de uma hora, seja esse ponto de atenção fixo ou móvel.
Baseada no Plano Diretor de Regionalização (PDR) adotado pela SES e na universalização do atendimento, a rede atua em todos os pontos de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS): atenção primária, secundária e terciária, além das três condições agudas temáticas (trauma, infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral).
“Essas três condições foram priorizadas pelo fato de se beneficiarem de uma resposta rápida e por serem as principais causas de morte e incapacidade no nosso Estado”, ressalta o coordenador estadual de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior.
Junto a implantação do Complexo Regulador da Rede Urgência e Emergência na macrorregião Centro-Sul, os 730 mil habitantes dos 50 municípios da região foram beneficiados ainda com 22 ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu), sendo 18 unidades de suporte básico e quatro de suporte avançado. Ao todo 12 hospitais participam da rede de resposta às urgências e emergências.
A expansão das redes leva em consideração também o indicador mundial YLL (Years of Life Lost) – sigla em inglês que significa anos de vida perdidos por morte prematura. Assim, elas são implantadas em ordem decrescente deste indicador, ou seja, a região que apresentar os piores índices terá a rede implantada primeiro.
”A implantação das Redes em todo estado possibilita que os cidadãos tenham acesso a serviços de urgência efetivos. Concomitantemente possibilita a economia de escala, escopo e racionalização dos recursos financeiros”, acrescenta Rasível dos Reis.
Integração
“A principal preocupação é a redução do tempo-resposta para salvar vidas, com o apoio tecnológico da central de regulação. Com tudo isso, nós estamos praticando aqui o melhor modelo que há no mundo, em termos de organização e de assistência da rede de urgência e emergência”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques.
Com a estruturação das redes, o projeto prevê ainda a implantação de complexos reguladores, serviços moveis de urgência e salas de estabilização, utilizadas como local de assistência temporária de pacientes críticos/graves e posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde. A manutenção destas salas está orçada em R$ 35 mil mensais, sendo R$ 25 mil repassados pelo Ministério da Saúde e R$ 10 mil garantido pelo Governo de Minas.
Fonte: Agência Minas