Em 03/01/2013 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O Site do Marcelo Lopes recebeu na noite desta quarta-feira, uma informação que revela os próximos passos do Partido dos Trabalhadores neste embate que trava com a atual administração que ajudou a eleger. Segundo a fonte, o PT deverá enviar um ofício à Zeca Junqueira, atual Secretário Municipal de Cultura e filiado àquela legenda, pedindo-lhe para desfiliar-se. De acordo ainda com esta mesma fonte, caso Zeca não se desfilie, o Partido então, estaria disposto a expulsá-lo. A medida já estaria decidida e deverá ser tomada ainda hoje, quinta-feira, 3 de janeiro de 2013.
Zeca Junqueira, como é conhecido, é jornalista nascido em Cataguases, mas ainda jovem transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo e fez carreira em empresas multinacionais e em jornais cariocas. Paralelamente, exercia uma atividade ligada à cultura, especificamente, junto ao teatro, sendo autor de algumas peças. Em 2009, quando Vanderlei Teixeira Cardoso, o Pequeno, foi eleito vereador, convidou-o a voltar à sua terra natal para trabalhar como assessor legislativo em seu Gabinete, onde permaneceu até o dia 31 de dezembro de 2012. Poucos dias antes, foi nomeado pelo prefeito eleito, Cesinha Samor, o novo Secretário de Cultura de Cataguases, substituindo Vanderlei Pequeno, que fora indicado ao cargo pelo PT, como parte de um acordo político firmado antes do início da campanha eleitoral vitoriosa de José Cesar Samor.
A inesperada troca foi interpretada pelo PT como descumprimento do acordo político e à eventuais pressões que o então prefeito eleito estaria sofrendo dos grupos financeiros que financiam a cultura em Cataguases. Esta informação foi veementemente rechaçada por Cesinha durante sua entrevista coletiva durante a divulgação dos nomes dos seus secretários municípais. Ele também disse que o acordo firmado com o PT estava de pé, visto que Zeca Junqueira é filiado àquela legenda, acrescentando que Vanderlei Pequeno pode assumir a Secretaria de Assistência Social até o dia 5 de janeiro próximo.Ele fez uma ressalva onde confirmou ter oferecido duas secretarias ao Partido, sob a condição de aprovar os nomes indicados. O PT desmente e acrescenta que além de não ter direito de veto aos nomes, as secretarias que seriam direcionadas ao Partido, teriam "livre gestão" ou seja, sem ingerência do prefeito.
O PT elegeu dois vereadores nas eleições de outubro último. Eles, até agora, não haviam opinado sobre esta polêmica. A reportagem do Site conversou com Geraldo Majella e com Maurício Rufino, que falaram a respeito. Majella, fez a seguinte avaliação:
- O assunto está sendo exclusivamente tratado pela Executiva. Eu como recém eleito, não participo. Então, a Executiva tem nos informado do andamento e nós, membros do do Partido, aguardamos a finalização destas negociações. Quanto a mim, ainda não há posicionamento de meu mandato, uma vez que há negociações. O PT é um partido que preza pelo diálogo entre seu partidários e estou investindo nisto. Aguardo um acordo que torne melhor este impasse. Acredito que será acertado entre as partes.
Já Mauricio Rufino, um dos vereadores mais votados de Cataguases, a pedido do Site do Marcelo Lopes fez a seguinte análise:
- Não sou a favor de o Partido romper com o Cesinha. Demos um salto muito grande nesta última campanha; Fizemos dois vereadores e estamos com chance de ocuparmos duas secretarias no novo governo. Abrir mão desses dois espaços (secretarias), na minha opinião, não é a melhor posição para o momento. Entendo, sinceramente, a posição de todos que pensam de forma diferente de mim. Só não acho que é o momento de romper.Talvez tenhamos que passar por muitos mandatos de “esquerda” para que consigamos, no futuro, romper com os conorelismos que assombram nossa cidade desde seu surgimento. Por fim, penso que se atitudes administrativas têm que ser tomadas para reparar algumas questões, que sejam.