Em 27/12/2012 às 22h55 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
De férias no Nordeste, “vadiava” eu pelas ladeiras e praias baianas quando, no dia de Natal, soube da morte de Dona Canô, a matriarca dos Veloso.
Assim foi que ontem, dia 26, partimos cedo eu e Patrícia para as últimas homenagens à mãe de Caetano e Maria Bethânia, na pequena Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo baiano, a 70 km de Salvador.
Com toda a pompa e circunstância, uma missa de corpo presente na Matriz de Nossa Senhora da Purificação, como ela pedira, quando num ato falho o pároco disse que “Dona Canô nos deixa aos 150 anos”, aumentando apenas um pouquinho os seus já imensos 105 anos. Em seguida, o féretro acompanhado pela multidão, a percorrer as ruas de Santo Amaro sob aplausos para sua figura mais querida, por todos amada.
No cemitério da Purificação (tudo em Santo Amaro é “da Purificação”) e sob o forte sol do Recôncavo, as lágrimas pareciam se esconder mescladas ao intenso suor da população santamarense, que compareceu em peso.
A pequena Dona Canô era maior, muito maior que o fato, já por si não tão simples, de mãe amantíssima dos filhos famosos. Em todos os semblantes via-se tristeza. Mais do que nunca, ali “a tristeza é senhora”, como disse um dia Caetano em sua canção.
A seguir, alguns registros fotográficos feitos por mim e Patrícia Barbosa.
Ronaldo Werneck, de Salvador