Em 21/12/2012 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Próximo de completar um mês sem energia e, consequentemente, com as atividades paralisadas, a situação na empresa Cataguases de Papel ainda é de impasse, mas com alguns avanços. Segundo a reportagem do Site do Marcelo Lopes apurou, diretoria e funcionários mantém negociações, o nível do diálogo é considerado bom pelos empregados e há estimativa de que a fábrica volte a funcionar a partir de janeiro de 2013.
A Cataguases de Papel teve suas atividades suspensas no dia 27 de novembro último devido à interrupção no fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento. Esta foi a segunda vez que o problema ocorreu este ano, sendo a primeira em junho. À época, para que a empresa voltasse a funcionar, foi feita uma composição da dívida junto à distribuidora de energia elétrica, mas a Cataguases de Papel não teria honrado três parcelas o que motivou o novo corte no fornecimento. O Site apurou junto aos funcionários que o débito com a Energisa – entre parcelas da composição anterior e fatura atual - gira em torno de R$1,5 milhão.
Depois de várias reuniões os empregados começam a ver resultados práticos. Primeiramente conseguiram receber uma espécie de adiantamento de R$300, a título de ticket refeição que, no entanto, será descontado posteriormente na folha de pagamento. Outra conquista obtida nesta sexta-feira, 21, foi o compromisso assumido pela empresa de que efetuaria o pagamento dos salários referentes a novembro nesta data, podendo ser sacado pelos empregados no sábado, 22 de dezembro. Quanto ao décimo terceiro salário, também atrasado, ele só será pago quando a empresa voltar a funcionar.
As reuniões discutem ainda a possibilidade de um novo grupo assumir a empresa em substituição ao atual. Neste contexto, afirmaram os trabalhadores, existem quatro interessados sendo que dois deles confirmaram o interesse na empresa. De acordo com estas mesmas fontes já estaria definida a saída do grupo que hoje administra a Cataguases de Papel, segundo eles, por causa das dificuldades que enfrenta no cumprimento de suas responsabilidades.
Vale lembrar que a Cataguases de Papel não pertence ao grupo que hoje a administra, mas sim aos funcionários que, à época do fechamento da Matarazzo Papeis, conseguiram na Justiça do Trabalho transformar a empresa numa espécie de cooperativa. Assim a Cataguases de Papel voltou a funcionar somente pelos empregados até que este grupo empresarial de São Paulo assumiu sua direção.