Em 15/12/2012 às 09h23 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Agência Brasil
Rio de Janeiro – Quase dois anos após o temporal que causou a morte de mais de 900 pessoas e deixou dezenas de desaparecidos, a região serrana fluminense está mais preparada para enfrentar as chuvas de verão. A avaliação é do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, que participou hoje (14) de uma reunião técnica no Palácio Guanabara, com representantes dos governos federal e do estado.
“Nós temos hoje uma situação diferenciada, temos uma situação de detecção desses acidentes. Nós estamos, eu diria, muito mais preparados para enfrentar esta realidade. Nós temos hoje o envolvimento da Força de Segurança Nacional, da Defesa Civil, da Força Nacional de Saúde. Todos já estamos em alerta”, disse.
Sobre a reunião com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, o secretário de Obras, Hudson Braga, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, Ribeiro disse que foi muito produtiva. Segundo o ministro, 40 obras de proteção de encosta estarão prontas até o fim do ano, além de várias obras de intervenção na área de macrodrenagem, microdrenagem, construção de comportas e dragagem que serão concluídas em 2013.
“Só na região serrana temos, nesta parceria entre governo federal e estadual, R$ 1 bilhão em investimento em obras de infraestrutura de prevenção, encosta e macrodrenagem. Também temos parcerias na área do [Programa] Minha Casa, Minha Vida, para receber aquelas pessoas que vivem em locais de risco e estão sendo retiradas para moradias de qualidade e seguras. São 6 mil unidades que estão previstas e começam a ser entregues a partir de março de 2013”.
O ministro ressaltou, ainda, as ações de mapeamento, monitoramento, investimento em radares, segurança, tecnologia e sirenes que já funcionaram com as chuvas fortes do início de novembro. “Pessoas foram retiradas de pontos que foram mapeados e lugares onde ocorreram queda de barreira e vidas foram salvas”, disse.
Ribeiro deveria ter feito hoje um sobrevoo de helicóptero pela região serrana, para acompanhar o andamento das obras, mas foi impedido pelas condições do tempo. A verificação in loco ocorreu apenas na Baixada Fluminense.