Em 15/12/2012 às 09h12 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Esgotamento sanitário é prioridade da Copasa

Índices de saneamento básico nos 236 municípios mi

Índices de saneamento básico nos 236 municípios mi

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Dos 853 municípios mineiros, o Governo de Minas atua, por intermédio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em 236 com os serviços de esgotamento sanitário. E a companhia, em seu Programa de Investimento, tem como prioridade a expansão desses serviços.

Nesses municípios, a população atendida com os serviços atinge a casa dos 8,7 milhões de habitantes, representando 82% de toda a população urbana atendida pela Copasa.

 Para atingir esses números, de 2003 até setembro de 2012, a Copasa investiu R$ 3,4 bilhões em obras de implantação, melhorias e expansão das redes coletoras e interceptoras de esgoto e em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Esses empreendimentos contribuíram para elevar os índices de tratamento de 27% para 66% do volume de esgoto coletado, possibilitando o retorno dos efluentes, para os mananciais, totalmente tratados.

Em todo Estado, a Copasa conta com 127 ETEs em operação, 82 em processo de construção, 66 em fase de elaboração de projetos e 14 em processo licitatório.

Além disso, a companhia também atua no Estado de Minas Gerais em localidades de baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por meio da subsidiária Copanor, em atendimento a aproximadamente 29 mil pessoas com esgotamento sanitário.

Apesar dos esforços da Copasa em tratar o esgoto, um estudo da própria empresa identificou outros dificultadores no processo de revitalização das bacias. Entre os problemas encontrados, estão a erosão do solo, ocupação desordenada das encostas e fundos de vales, lançamento de esgotos domésticos e industriais clandestinos, disposição inadequada de lixo, terraplenagem sem reposição vegetal e desmatamentos, além da adesão dos moradores.

Além disso, outro fator importante é a questão das concessões. O saneamento básico é atribuição constitucional dos municípios e o Estado só atua, por intermédio da Copasa, onde a empresa assume a concessão dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Ações estratégicas

Lagoa da Pampulha - E para manter a qualidade da água dos mananciais que abastecem os municípios atendidos pela Copasa, são desenvolvidos projetos estratégicos no Estado. Um deles é o Programa de Despoluição da Bacia da Lagoa da Pampulha, cujo objetivo é contribuir para  reduzir, em mais de 95%, a carga orgânica (esgoto) que é lançada na Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da capital mineira.

São 37 obras executadas entre Contagem e Belo Horizonte, que beneficiarão direta ou indiretamente cerca de 450 mil pessoas. Dentre elas, destacam-se a implantação de mais de 78 quilômetros de redes coletoras e interceptores, ao longo da bacia. Até hoje, já foram implantados mais de 21 mil metros de redes e cerca de 7 mil metros de interceptores.

As obras para despoluição da Lagoa da Pampulha envolvem recursos da ordem de R$ 102 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, cuja previsão para conclusão é até dezembro de 2013.

Programa de Despoluição da Bacia do Paraopeba - Com recursos da ordem de cerca de R$ 450 milhões, estão sendo implantados sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitários em oito municípios da bacia – Betim, Conselheiro Lafaiete, Congonhas, Ibirité, Igarapé, Mateus Leme e São Joaquim de Bicas.

O Programa prevê a construção de Unidades de Tratamento de Resíduos (UTR) nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) dos sistemas de Vargem das Flores, em Betim, e Serra Azul, em Juatuba; implantação de sistema de aproveitamento energético de Biogás nas Estações de Tratamento de Esgoto Central de Betim e da sede de Ibirité; implantação do Sistema Integrado de Proteção de Mananciais (Sipam), para o desenvolvimento de ações de preservação e sensibilização ambiental das comunidades que vivem nas localidades ribeirinhas do Paraopeba.

Paralelo às obras, o programa visa, sobretudo, conscientizar as populações locais sobre a importância de se ligar os imóveis às redes de esgoto da Copasa, uma vez que a despoluição da Bacia só será possível com a colaboração de todos os moradores.

Bacia do Rio das Velhas - A Copasa também contribui para a revitalização das águas da Bacia do Rio das Velhas. Os investimentos são da ordem de R$ 1,6 bilhão para 172 obras de recuperação da qualidade dos cursos d´água do Velhas, por meio da ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário.

O empreendimento inclui a implantação de redes coletoras, interceptores, estações elevatórias e ETEs, além da ampliação do Programa Caça-Esgoto para identificar os lançamentos indevidos de esgoto nos córregos e rios, que possibilitou um aumento no volume de esgoto que chega até às estações de tratamento.

Até 2010, os resultados do programa foram alcançados em  muitos trechos da bacia  hidrográfica de um dos mais importantes afluentes do São Francisco. Expedições do Projeto Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), constataram a presença de peixes na bacia, algo impensável anos atrás.

Os resultados são tão significativos que o programa foi estendido até 2014, com o objetivo de atingir o índice de  85% de tratamento do esgoto sanitário que ainda são lançados no Velhas.

 

Fonte: Agência Minas

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