Em 14/12/2012 às 09h04 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Agência nuclear da ONU acredita em acordo para investigar Irã

A AIEA também disse que esperava um acordo após co

A AIEA também disse que esperava um acordo após co

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(Reuters) - As negociações entre a agência de energia atômica da ONU e o Irã podem levar a um acordo no próximo mês para retomar a investigação sobre o programa nuclear iraniano, informou o inspetor chefe da AIEA após voltar de Teerã, nesta sexta-feira.

Mesmo que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não tenha conseguido acessar o complexo militar de Parchin, onde tinha solicitado uma visita, o líder da delegação da AIEA, Herman Nackaerts, disse que os inspetores fizeram progresso na reunião de quinta-feira na capital iraniana.

As potências mundiais, que buscam resolver uma disputa de anos sobre a atividade nuclear do Irã e evitar a ameaça de uma nova guerra no Oriente Médio, acompanharam de perto as negociações entre a AIEA e o Irã, esperando por qualquer indicação da disponibilidade do Irã para finalmente começar a atender às suas preocupações.

A AIEA e o Irã irão se reunir novamente em 16 de janeiro, afirmou Nackaerts a repórteres no aeroporto de Viena.

"Esperamos finalizar a abordagem estruturada e começar a implementá-la em seguida, logo após" disse Nackaerts, referindo-se ao esqueleto de um acordo que permitiria à AIEA reiniciar sua investigação sobre a suspeita de pesquisas do Irã para desenvolvimento de bombas atômicas.

"Nós tivemos boas reuniões", acrescentou Nackaerts. "Conseguimos fazer progresso."

A AIEA também disse que esperava um acordo após conversas com o Irã em maio, mas isso não se concretizou.

Diplomatas ocidentais, que muitas vezes acusam o Irã de obstrução para ganhar tempo nas suas relações com a AIEA, devem reagir com cautela e dizer ao governo iraniano que deve envolver-se mais profundamente no inquérito da agência e imediatamente conceder o acesso aos complexos suspeitos de atividade nuclear para uso militar.

"Se os dois lados estão convergindo, então, é uma boa notícia, mas já tivemos tantos começos falsos que há motivos para ser cético", afirmou Shashank Joshi, pesquisador sênior e especialista em Oriente Médio do Instituto Real de Serviços Unidos.

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