A Fundação João Pinheiro apresentou, nessa quarta-feira (12), o Boletim PAD 2011 – Hábitos de Vida Saudável, que mapeou, de forma inédita no país, as doenças crônicas que acometem a população mineira e analisou comportamentos de risco (como consumo de bebidas alcoólicas e tabaco), e hábitos saudáveis (como a prática de atividades físicas, realização de exames preventivos e alimentação saudável).
Na Zona da Mata verificou-se que 34,1% da população acima de 14 anos apresentam pelo menos uma doença crônica, índice pouco superior à média do Estado (33,9%). Já os hábitos saudáveis mensurados pelo estudo mostram que na região 80,2% da população não praticam atividade física; 6,9% praticam de forma insuficiente; e 12,9% praticam de forma suficiente.
Sobre exames preventivos, a pesquisa apontou que 5,8% das pessoas nunca realizaram exames de pressão arterial na Zona da Mata. Com relação ao colesterol, entre a população que declarou ter doença cardíaca, 87,6% fizeram a mensuração preventiva há um ano ou menos; 5,1% entre um e dois anos atrás; 5,8% há mais de dois anos atrás; e 1,6% nunca fizeram o exame. Verificou-se também que a mensuração preventiva do colesterol no sangue da população que declarou não ter doença cardíaca é controlada da seguinte forma na região: 54,1% realizaram o exame há um ano ou menos; 11% entre um e dois anos atrás; 16,6% há mais de dois anos atrás; e 13,4% nunca fizeram.
Ainda sobre os exames preventivos, o estudo mostrou o comportamento da população quanto à mensuração da glicose no sangue. Entre a população que declarou ter diabetes na Zona da Mata, 93,9% realizaram o exame há um ano ou menos, o maior percentual do Estado; 1,8% entre um e dois anos atrás e 4,3% há mais de dois anos. Entre aqueles que informaram não ter diabetes, 53,9% fizeram a mensuração preventiva há um ano ou menos; 11,3% entre um e dois anos atrás; 16,1% há mais de dois anos; e 13,6% nunca fizeram.
O Boletim PAD 2011 foi desenvolvido com o objetivo de traçar o perfil das principais doenças crônicas de Minas Gerais e suas regiões de planejamento, bem como dos principais fatores associados a elas. Como isso, pretende-se subsidiar os órgãos ligados à saúde para o planejamento de ações e políticas preventivas eficazes.
Hábitos alimentares
No quesito de hábitos alimentares, a proporção de pessoas acima de 14 anos que consomem frutas, legumes e verduras cinco ou mais dias da semana, na Zona da Mata, foi de 71,7%; pessoas que costumam consumir carnes vermelhas e de frango com gordura visível somaram 48,9%; e a proporção de pessoas que têm o hábito de consumir leite com teor integral de gordura foi de 69,1% na região.
O boletim foi desenvolvido com o objetivo de traçar o perfil das principais doenças crônicas de Minas Gerais e suas regiões de planejamento, bem como dos principais fatores associados a elas. Como isso, pretende-se subsidiar os órgãos ligados à saúde para o planejamento de ações e políticas preventivas eficazes.
Consumo de bebida e tabagismo
A prevalência do consumo de bebida alcoólica pela população acima de 14 anos na Zona da Mata é a terceira menor do Estado. Segundo o Boletim PAD 2011 – Hábitos de Vida Saudável, apenas 12,1% da população da região afirmaram consumir álcool.
Paralelamente ao baixo percentual de pessoas que consomem bebida alcoólica, verificou-se que a frequência de consumo na região é a mais alta do Estado: 12,4% das pessoas declararam beber todo dia. Já 11,1%, de 3 a 5 vezes semana; 49,5% uma ou duas vezes por semana; e 27% menos de uma vez por semana.
Ainda em comportamentos de risco, a pesquisa identificou que a prevalência do tabagismo pela população de 14 anos ou mais, na região, é de 15,2%. Entre os fumantes, 50,1% afirmaram fazer uso de 1 a 10 cigarros por dia; 34,6% de 11 a 20 cigarros; 10,8% de 21 ou mais; e 4,5% disse não saber.