Em 12/12/2012 às 08h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Índice de inadimplência em Muriaé tem aumento de 94% em novembro

Gustavo Ferreira, presidente do CDL Muriaé

Gustavo Ferreira, presidente do CDL Muriaé

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O índice de inadimplência, em novembro, teve um aumento de quase 94% em Muriaé, se comparado ao mesmo período do ano anterior. É o que revela um relatório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Muriaé), que avalia a taxa na cidade. Segundo a entidade, este foi o maior índice registrado no município durante 2012.

Os dados foram finalizados nesta segunda-feira (3). Em novembro de 2011, 1.969 registros de inadimplência foram feitos, enquanto que no mês passado, foram contabilizados 3.817 casos, um aumento de 93,86% em relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação a outubro deste ano, o aumento foi de 59,58%.

O gerente de uma relojoaleria, Éder dos Santos Cândido, também está preocupado com o alto índice de inadimplentes. Segundo ele, enquanto as vendas têm caído em quase 30%, a taxa de inadimplência tem aumentado consideravelmente. “Só a título de exemplo, se tivéssemos deixado de vender para essas pessoas, poderíamos ter tirado uma semana de férias”, disse.

Para tentar não ficar no prejuízo, a loja disponibilizou um profissional somente para a realização de cobranças. Também está optando por vender mais no cartão ou à vista. “Além do valor que deixamos de receber, temos que gastar ainda com telefone e com um profissional que fica por conta somente de cobranças. Quando vemos que não vamos conseguir receber, incluímos o nome no SPC, dentro dos parâmetros legais”, contou o gerente.

De acordo com o presidente da CDL, Gustavo Ferreira, este alto índice é preocupante. “Ou as pessoas estão omitindo as suas dívidas, ou elas realmente não estão tendo recursos para quitá-las”, considerou.

A CDL também fez uma campanha com os empresários para que os mesmos registrassem, no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os consumidores inadimplentes. “Mostramos que, se não forem registradas, eles não receberiam suas dívidas. Em contrapartida, se o consumidor estiver com o nome negativado, perderá o poder de compra, ainda mais neste período natalino”, contou.

 

Fonte e foto: Jornal A Notícia

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