Em 12/11/2012 às 12h33 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Minas Gerais possui 29 propriedades livres de brucelose e tuberculose bovina

Outras 61 propriedades em todo o Estado estão em p

Outras 61 propriedades em todo o Estado estão em p

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Minas Gerais possui atualmente 29 propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose bovina, doenças consideradas impactantes para a economia estadual. Os estabelecimentos certificados estão localizados nas regiões de Bambuí, Coromandel, Itajubá, Itamonte, Juiz de Fora, Lambari, Lavras, Patos de Minas, Piumhí, Pouso Alegre, São Gonçalo do Sapucaí e Vazante. Mais 61 propriedades em todo o Estado estão em processo de certificação para obterem o status de livres dessas doenças.

As certificações são recomendadas como ação voluntária no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT), criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2001. O IMA é o responsável pela execução do programa em Minas Gerais.

Dentre as vantagens de se possuir o certificado, com duração de um ano, está a isenção da obrigatoriedade de apresentação de atestados de realização de exames negativos de brucelose e tuberculose para transportar os animais para fora do Estado e participação em eventos agropecuários. Além disso, é um programa que envolve todo setor produtivo, comunidades rurais, o setor industrial e os consumidores.

De acordo com o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto,  a expectativa é que cada vez mais estabelecimentos obtenham o título. “A certificação de propriedades livres e monitoradas é uma oportunidade que os produtores possuem para agregar valor e garantir a qualidade de seus produtos”, explica.

O interessado em certificar sua propriedade deve procurar o escritório do IMA ao qual pertence sua propriedade, acompanhado de médico veterinário habilitado. É preciso preencher um requerimento e a partir disso, o Instituto faz uma vistoria oficial e emite seu parecer para que se inicie o processo de certificação. O período mínimo para concessão da certificação é de nove meses - pela necessidade da realização de três exames consecutivos negativos de todos os animais da propriedade -  com prazo determinado entre os mesmos.

O procedimento para certificação é voluntário e o status de propriedade livre é voltado para produtores de gado de leite, enquanto o status de propriedade monitorada é válido para produção de gado de corte.

Vacinações

De acordo com Altino Rodrigues Neto, normalmente, as vacinações contra a brucelose aumentam durante a campanha contra a febre aftosa, realizada em maio e novembro, sempre com grande repercussão. “Sendo assim, vale lembrar aos pecuaristas o quão importante é esta ação. Vacinar o rebanho contra doenças que causem impacto na economia e na saúde pública é essencial para manter a sanidade dos animais, colaborando assim, para a segurança alimentar e desenvolvimento do setor”, complementa. 

Até o mês de setembro, um total de 1,4 milhão de bezerras foi imunizado contra a brucelose em Minas Gerais, o que já representa cerca de 61% do total de fêmeas vacináveis no estado, neste ano.

Enfermidades

A brucelose e a tuberculose são uma das principais causas de perdas econômicas na produção pecuária em todo o território brasileiro, já que podem provocar aborto, queda na produção de leite, menor número de bezerros e ainda o desenvolvimento tardio destes animais. A brucelose bovina é causada pela bactéria Brucella abortus, e a tuberculose, causada pela bactéria Mycobacterium bovis. Ambas são zoonoses, podendo infectar e levar à doença no homem, com grande importância para a saúde pública.

Com relação à tuberculose, não existe vacina. A melhor forma de prevenir a doença no rebanho é comprar somente animais que apresentem resultado negativo no teste para a doença. No caso da brucelose, a vacinação com a amostra B19 é obrigatória para fêmeas entre 03 e 08 meses de idade, devendo ser realizada sob responsabilidade de médico veterinário cadastrado no IMA.

 

Fonte: Agência Minas

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