Em 10/11/2012 às 11h37 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares é referência no país

Em 26 anos de atuação, iniciativa em Belo Horizont

Em 26 anos de atuação, iniciativa em Belo Horizont

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Mais que um ato de solidariedade, a doação de leite humano pode significar, muitas vezes, a diferença entre a vida e a morte de recém-nascidos e bebês prematuros que, em decorrência de uma série de fatores, não podem receber o leite de suas mães.

Com base nesse pressuposto, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), foi criado há 26 anos em Belo Horizonte, tornando-se referência no assunto. A iniciativa, que também se configura um núcleo de formação para os profissionais de bancos de leite em Minas Gerais, compõe a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

Para Caroline Dias, o banco fez toda a diferença na vida de sua filha Laura, quando a recém-nascida começou a perder peso e a mãe não tinha mais leite para amamentá-la. “Ela começou a melhorar e a crescer com mais saúde”, relatou Caroline.

Em todo o Estado, há 10 bancos de leite e 21 postos de coleta, num total de 31 unidades destinadas à promoção da prática da amamentação, da distribuição de leite humano e da solidariedade, na medida em que as doadoras participam voluntariamente. Desde sua criação, só o Banco de Leite da Odete Valadares já beneficiou mais de 200 mil mulheres com dificuldades para amamentar.

As ações dos bancos de leite no Estado de Minas Gerais seguem os pressupostos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses de vida e que, a partir de então, a amamentação seja mantida por dois anos ou mais, juntamente com o uso de alimentos complementares adequados.

Em Belo Horizonte, o banco necessita de doações o ano inteiro. No entanto, segundo a gerente do BLH da Odete Valadares, Maria Hercília Barbosa, durante os meses de férias, o estoque diminui bastante. “Por isso, fazemos um apelo à sociedade, para as mulheres que estejam amamentando, que elas doem o excedente, contribuindo para salvar muitas vidas”, afirma Barbosa.

Como funciona a doação

Para doar, a mulher não deve ser fumante, consumidora de bebida alcoólica ou fazer uso de medicamentos que contra indiquem a amamentação. Também é necessário que todos os exames de pré-natal sejam negativos.

Além disso, antes da doação, a mama deve ser lavada com água. Para secar, pode ser utilizado um pano limpo ou gaze. O primeiro jato de leite deve desprezado de modo a permitir a limpeza dos canais do mamilo e, somente após este procedimento, a mulher deve dar início à coleta.

Todo leite doado passa por exames rigorosos para evitar contaminação. Depois de pasteurizado (processo realizado pela MOV), o leite pode ser armazenado por até seis meses. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), são aplicados os mesmos procedimentos exigidos para a doação de sangue.

O Banco de Leite realiza a coleta domiciliar, assim, os frascos são recolhidos nas próprias casas, uma vez por semana. Caso seja do interesse da doadora, ela também poderá procurar diretamente o banco de leite ou posto de coleta.

Para mais informações, as mães que desejam fazer a doação devem entrar em contato com o Banco de Leite da Maternidade Odete Valadares, através do telefone (31) 3239-6008, de segunda a sexta-feira, de 8h30 às 17h30.

 

 

Fonte: Agência Minas

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