Em 09/11/2012 às 20h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
Na tarde desta sexta-feira (9), familiares de dois dos 16 detidos na operação da Polícia Militar que estourou a central do jogo do bicho em Muriaé, na terça-feira (6), realizaram um protesto pacífico, pedindo a liberdade dos acusados que, segundo eles, são inocentes. Assim como os demais, os dois seguem no presídio municipal, no Bairro Safira, sob a acusação de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Os parentes do mecânico aposentado José Ferreira e do caminhoneiro Pedro Antonio levaram cartazes e não causaram nenhum tipo de tumulto. O filho do mecânico contou à Rádio Muriaé que possui uma oficina vizinha ao local onde a operação aconteceu, e que seu pai, como de costume, o ajudava com o trabalho quando a PM chegou.
Os familiares fizeram questão de dizer que não estão contestando a ação da Polícia e, sim, pedindo a soltura de pessoas inocentes, que não teriam ligação com o jogo ou qualquer outra atividade ilegal.
A irmã do mecânico, informou que o advogado responsável pelo caso disse que o pedido de relaxamento de prisão está nas mãos do juiz, aguardando decisão. Ainda segundo ela, a família não entende o motivo pelo qual o aposentado não foi liberado: “Meu irmão trabalhou 35 anos na mesma empresa. É um homem honesto e estava ajudando o filho. A vida dele é de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Nós estamos esperando, de pés e mãos atados”, desabafou.
A tia do caminhoneiro que também segue preso contou que o rapaz estava no local aguardando para carregar o caminhão e sair de viagem, e que a família está sofrendo muito: “O Pedro é trabalhador honesto, tem três filhos pequenos para cuidar. Nunca teve envolvimento com jogo do bicho, nem com nada” garantiu a tia.
Diante da situação inalterada, as famílias continuam angustiadas e com medo de que os dois homens tenham que passar o fim de semana no presídio.
Fonte e foto: Rádio Muriaé