Em 07/11/2012 às 20h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) prorrogou a vacinação dos bovinos contra a febre aftosa nos municípios localizados nas regiões do semiárido e que se encontram em estado de emergência por causa da longa estiagem. De acordo com o secretário Elmiro Nascimento, a medida faz parte das ações para convivência com a seca desenvolvidas pelo Governo de Minas, e neste caso atende à solicitação dos pecuaristas, que alegam grandes dificuldades de manejo dos animais para receber a vacina.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Seapa e responsável pela sanidade animal e vegetal no Estado, dividiu duas macrorregiões de Minas que seguirão as seguintes datas para a realização da 2ª etapa de vacinação contra Febre Aftosa (Novembro/2012). A primeira microrregião é constituída das seguintes coordenadorias do IMA: Bambuí, Belo Horizonte, Curvelo, Guanhães, Juiz de Fora, Oliveira, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pouso Alegre, Uberaba, Uberlândia, Varginha e Viçosa. Terão tolerância até o dia 17/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios Seccionais do IMA.
Já Almenara, Governador Valadares, Janaúba, Montes Claros, Teófilo Otoni e Unaí, na segunda microrregião, terão tolerância até o dia 31/12/2012 para que criadores comprem a vacina, imunizem seus bovinos e bubalinos até 24 meses de idade e declarem a vacinação nos Escritórios Seccionais do IMA.
O secretário diz que um dos casos mais preocupantes no grupo dos municípios atendidos pela prorrogação do prazo de vacinação é Araçuaí. O município e cidades vizinhas, como Coronel Murta, Virgem da Lapa, Berilo, Itinga, José Gonçalves de Minas e Jenipapo de Minas tiveram neste ano um registro mínimo de chuva, segundo relatório da Emater-MG,também vinculada à Secretaria da Agricultura.
“Nesses locais, a aplicação da vacina, no momento, pode ocasionar maior número de morte de animais do que já vem ocorrendo devido à dificuldade de manejo dos bovinos para a vacinação”, enfatiza Nascimento.
O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, também destaca as consequências da falta de chuvas no período de vacinação. Ele cita a falta de pastagem e água nessas regiões, levando o rebanho a ficar mais fraco. “Por isso, não é indicado vacinar os animais nessas condições, já que isso influencia no resultado da vacinação. Ao vacinar um animal debilitado, a resposta imunitária não é tão eficaz, além dos prejuízos de mortalidade no momento de reunir o rebanho. Com o início das chuvas, os pastos e animais estarão em melhores condições. Porém, para as propriedades que não se encontram nessa situação, a vacinação deverá ser realizada em novembro, data oficial da segunda etapa da campanha”, informa.
Meta será mantida
Para o secretário, a prorrogação da vacinação deverá possibilitar o cumprimento da meta estabelecida pelo Governo do Estado para a segunda etapa da campanha contra a aftosa, que iria de 1º a 30 de novembro. “O índice previsto é superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, que foi de 98,28% do rebanho. A expectativa do governo de Minas, ao conceder o novo prazo, é garantir a imunização de aproximadamente 9,5 milhões de bovinos e bubalinos entre 0 e 24 meses”, enfatiza.
Fonte: Agência Minas