Em 29/10/2012 às 16h00 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
De acordo com informações da Defesa Civil de Muriaé, o Plano de Contingência para o período chuvoso já está em vigor desde o dia 1º de outubro. Neste momento, segundo a coordenação do órgão, a Defesa trabalha com a prevenção, baseada em modelos climatológicos. “Estamos realizando vistorias técnicas nas áreas de risco e locais que a população solicita a visita”, informou o coordenador, Felipe Barbosa.
Este é o quinto ano que tem sido feito o plano de emergência pluviométrica. Nele são demonstradas todas as ações possíveis a serem desenvolvidas pela Defesa Civil para este período, inclusive os dados de todo o seu funcionamento.
A partir das tendências meteorológicas, a Defesa Civil direciona as ações, como resgate, emergência e recuperação. O Plano de Contingência é finalizado no dia 31 de março, quando há previsão de término do período chuvoso. Para ajudar a população neste período, o Plano tem algumas ações pré-determinadas. Uma delas é a elaboração do Boletim Climatológico diário, que é divulgado pela imprensa aos muriaeenses.
A fim de minimizar os danos causados pelas chuvas em Muriaé, a Defesa Civil vai trabalhar com um sistema que foi lançado no Brasil recentemente, o “Construindo Cidades Resilientes”. No sistema, cada município tem um conjunto de metas a serem cumpridas. A primeira é evitar a perda de vidas humanas. “Para isto acontecer, o órgão tem que intensificar suas vistorias. A partir de novembro, vai começar uma operação ‘pente-fino’ quando, em cada dia da semana, um bairro será vistoriado e monitorado. Isso vale também para os distritos”, explicou o coordenador.
Nas cheias do ano passado, mais de 3.600 Boletins de Ocorrência foram confeccionados. “O número de desabrigados foi muito maior, ultrapassando 30 mil, mas, ainda bem, que não tivemos nenhuma perda de vida humana”, contou Felipe Barbosa. A enchente que assolou a cidade no início deste ano foi a maior da história do município.
ENCOSTAS - Outra preocupação da Defesa Civil durante o período chuvoso são as encostas, segundo Felipe Barbosa, por ser uma situação de difícil solução e oferecer perigo á população. “Quando o rio volta ao seu curso normal, as pessoas retornam para suas casas. Nas encostas, a situação é diferente. Quando acontece um deslizamento, o morador não tem como voltar para seu imóvel. A enchente preocupa, mas o deslizamento é muito pior”, considerou Felipe, citando outro problema que ocorre na cidade: a construção de casas clandestinas nestes locais.
Fonte e foto: Jornal A Notícia
Matéria teve o título atualizado às 17:41h.