Em 25/10/2012 às 21h08 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22
O chip microfluido, que já existe em laboratórios de análises químicas de ponta em outras partes do mundo, foi adaptado na África do Sul para ajudar no combate à tuberculose. Ele é capaz de fazer, em frações de segundo, análises bioquímicas que máquinas convencionais levariam dias. “É como se fossem milhares de pesquisadores ao mesmo tempo”, diz o engenheiro ugandense que desenvolveu a novidade, Fréderic Balagadé.
A tuberculose é a doença que mais mata na África do Sul. Autoridades da área de saúde preveem que, até o fim do ano, cerca de 90 mil pessoas morrerão de tuberculose. Além disso, é a principal causa de mortes entre a população mais pobre. O tratamento existente é eficaz; porém, como leva meses, alguns pacientes imaginam estar curados e abandonam o tratamento. Semanas depois, a doença volta com força total e o bacilo de Koch, micro-organismo causador da tuberculose, fica resistente aos antibióticos.
Além de proporcionar um diagnóstico muito mais rápido, o que é fundamental para a eficácia do tratamento, o chipmicrofluido ainda pode contribuir nos estudos sobre os mecanismos que tornam o bacilo resistente aos medicamentos. Um centro tecnológico que custou o equivalente a R$ 30 milhões está em fase final de implantação, em Durban, para aprimorar as pesquisas e dar início à produção de equipamentos.
Fonte: Agência Brasil