Em 25/10/2012 às 16h30 | Atualizado em 27/07/2018 às 17h22

Dilma anuncia plano para tornar pesca e aquicultura atividades “centrais” no país

Segundo Dilma, o Brasil sempre teve condições de t

Segundo Dilma, o Brasil sempre teve condições de t

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 Agência Brasil

Brasília - As atividades ligadas à pesca e à aquicultura serão “centrais” para o país, tanto no âmbito econômico como no social. É o que garantiu a presidenta Dilma Rousseff hoje (25), ao anunciar o Plano Safra da Pesca e Aquicultura em cerimônia no Palácio do Planalto. A meta é ampliar a produção nacional para 2 milhões de toneladas de pescado ao ano até 2014.

“Essa atividade, que era lateral, será central do nosso país”, garantiu a presidenta. Além de desonerar a cadeia produtiva, o governo pretende, com o plano, investir R$ 4,1 bilhões até 2014 em financiamentos para a produção pesqueira, por meio de diversos programas.

Segundo Dilma, o Brasil sempre teve condições de ter atividades de pesca e aquicultura mais fortes. Agora, acrescentou, é hora de o país transformar seu potencial – o maior do mundo – em atividades sociais e econômicas, além de estimular melhores hábitos alimentares para o brasileiro.

“Vamos fortalecer a atividade pesqueira, transformando-a em instrumento de crescimento econômico do país, aumentando nossos investimentos nesse que é, sem dúvida, junto com a agricultura, um dos grandes setores que caracterizarão o século 21: o fornecimento de proteína, para gerar inclusão social e melhoria da qualidade do trabalho”, explicou a presidenta.

Na solenidade de lançamento do plano, Dilma apresentou dados que mostram o potencial do país para as atividades de pesca e aquicultura. “Temos mais de 8 mil quilômetros de costa marítima, 13% da reserva mundial de água doce e um mar interno feito de reservatórios e açudes em praticamente todas as nossas bacias hidrográficas. É como se fosse o acesso a um grande mar de água doce”, explicou.

A presidenta, no entanto, lembrou que a realidade econômica e social da atividade está distante do potencial. “No ranking, ocupamos a 23ª posição na pesca e a 17ª na aquicultura. Esses números dão o tamanho do nosso desafio”, argumentou. Com o plano anunciado, o governo pretende tornar o Brasil, até 2020, “um exportador do tamanho do seu potencial”, ampliando a renda e o trabalho de milhões de brasileiros.

Para atingir o objetivo, o governo pretende, entre diversas frentes de ação, ajudar os produtores a reduzir o desperdício no manuseio. Só com essa frente, o governo quer aumentar em 40% a renda dos profissionais. A ampliação das ações governamentais abrangerá, também, aprimoramento das técnicas de cultivo e manuseio, modernização de equipamentos, oferta de assistência técnica, investimento em pesquisa e mais estrutura à cadeia produtiva.

Linhas de crédito para pequenos pescadores e aquicultores serão criadas para que os produtores possam investir em novas estruturas, equipamentos e barcos. A previsão é que 330 mil famílias sejam beneficiadas com mais crédito, juros menores e prazos mais longos para o financiamento.

O lançamento do plano contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) e de representantes do setor. Os presidentes da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), Abraão Lincoln, e da Associação Brasileira de Criadores de Tilápia, Ricardo Neukirchner, elogiaram a iniciativa.

Também participaram do evento os ministros Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura; Gleisi Hoffmann, da Casa Civil; Alexandre Padilha, da Saúde; Aloizio Mercadante, da Educação; Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

 

 

 

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